A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Programação:
Ciclo Escola, para que te quero?
Passamos uma parte da nossa vida na escola, uns mais e outros menos, uns com mais prazer, outros com cada vez menos, e muito se tem dito e escrito sobre ensino. De Outubro a Dezembro a Casa da Achada lança a questão: Escola, para que te quero? Partimos dos textos de Mário Dionísio sobre educação, agora reunidos em livro, para discutir o que é ser professor. Que escolas foram e são as nossas? O que é ensinar e aprender? Existem escolas alternativas às que conhecemos? Conversaremos com pessoas que têm pensado sobre educação e dedicado o seu tempo a ensinar e a aprender. Veremos filmes com escolas, professores e alunos e aos domingos há oficinas onde se aprende a perguntar e a participar.
«Escolas: reaprender e ensinar». Através de documentos e imagens inéditos, traçamos o percurso singular de dois professores que também foram alunos antes e depois do 25 de Abril. Mário Dionísio e Maria Letícia Clemente da Silva estiveram ligados ao ensino, deram aulas em vários liceus de Lisboa, e empenharam-se em tornar a escola um lugar de efectiva formação dos jovens. O que pensavam sobre educação e como punham em prática as suas ideias, muito diferentes das que, durante décadas, foram impostas a professores e alunos pelo antigo regime? Uma exposição que nos ajudará a pensar os problemas das escolas hoje.
Ciclo A Paleta e o Mundo IV
Todas as segundas-feiras às 18h30
Leituras com projecção de imagens de textos relacionados
Continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, da 2ª parte de A Paleta e o Mundo, «Prestígio e fim duma ilusão», de Mário Dionísio.
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.» Mário Dionísio
Domingos 6, 13, 20 e 27 de Dezembro de 2015 das 15h30 às 17h30
Fazer, fabricar e sujar também faz parte da aprendizagem. Por isso, nos domingos de Dezembro, vamos andar a fazer brinquedos. Nos domingos 6 e 13 de Dezembro, vamos, com Eupremio Scarpa, fabricá-los a partir do que já não presta. Depois, a 20 de Dezembro, vamos, com Lena Bragança Gil e Rubina Oliveira, fabricar brinquedos a pensar nos que são fabricados pelas pessoas sem chegarem às lojas. Por fim, na última oficina do ano, dia 27, vamos fazer brinquedos com tecidos com a orientação de Irene van Es.
A partir dos 6 anos. Número máximo de participantes: 10.
Nesta sessão, que esteve marcada para 21 de Novembro, mas que teve de ser adiada, António Bracinha Vieira vem falar-nos da história do nosso cérebro, do que o distingue do dos outros primatas, dos sacrifícios evolutivos necessários para desenvolvermos as faculdades que temos neste momento, da capacidade de linguagem e do antigo debate sobre que é inato e o que pode ser adquirido pela aprendizagem
Mário Dionísio e o Ensino a partir do livro O Quê? Professor?!
conversa com António Albuquerque, Luísa Pereira,
Maria Emília Brederode, Maria João Brilhante e Rui Canário
Em Outubro, no início do ciclo temático «Escola, para que te quero?», a Casa da Achada publicou o livro O quê? Professor?!, uma antologia de textos de Mário Dionísio sobre o ensino (palestras, artigos, intervenções) e alguns inéditos, com introdução de Rui Canário.
Entretanto, muito temos discutido a escola, o ensino e a educação. As ideias de Mário Dionísio e Maria Letícia têm acompanhado as várias sessões deste ciclo, não só porque temos recorrido a esta antologia, mas porque a exposição, também inaugurada em Outubro, «Escolas: reaprender e ensinar», junta muito do pensamento e da vida destes dois professores e pensadores sobre o ensino.
Pensámos que seria interessante pegar nesta obra e discuti-la mais a fundo. Para isso convidámos António Albuquerque, Luísa Pereira, Maria João Brederote, Maria João Brilhante e Rui Canário para discutirem estas ideias a pensar na escola que temos hoje.
4 dias em Dezembro
Já não há Papel
para ver e conviver, ouvir e conversar, e participar
Venham ver e conviver, ouvir e conversar, participar e ajudar a existência por mais um ano da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. E levar prendas para as festas… O programa completo está mais abaixo.
É um fim-de-semana grande na Casa da Achada, com actividades, sessões públicas e vendas. Há descontos especiais nas nossas edições, obras de arte à venda com preços simpáticos e o sorteio de um quadro para nos ajudar a restaurar um outro.
O fim-de-semana inclui ainda várias sessões do ciclo «Escola para que te quero?», pois a Casa da Achada tem andado estes três meses a debater as escolas, a questionar a educação e a entender a aprendizagem de diferentes pontos de vista. A exposição ainda fica, mas merece uma visita atenta para pensar estes assuntos. Haverá também uma sessão de historietas feita por um amigo da casa (sobre escolas, precisamente) e uma sessão de canções críticas da escola.
Para além de tudo isto, há uma oficina de brinquedos (para fazer) e actuações do Grupo de Teatro Comunitário e do Coro da Achada. E até se come um bolinho…
Aparece e traz um amigo!
// Quinta-feira, 10 de Dezembro:
- 18H30 - TARAS e MANIAS DAS ACADEMIAS com Cria'ctividade, Jorge Ramos do Ó e Paula Godinho
Esta não é só uma sessão sobre praxes. É uma conversa sobre todo um modo de estar na universidade: as aberturas dos anos académicos, os bailes de finalistas, os trajes dos professores, o formalismo do «senhor doutor», as apresentações de teses de mestrado e doutoramento, o enaltecimento da universidade como local de elite e exigência, o obscurantismo das praxes, a hierarquização piramidal, os discursos da excelência, a organização estudantil, a relação de professores com os alunos – e dos alunos com os professores – dentro e fora das salas de aula, as canções das tunas…
Numa universidade preocupada com rankings e com a internacionalização, com a publicação constante papers e relatórios, na era do mercado de cérebros e da projecção de powerpoints, que tem alterado significativamente os discursos na academia, o que fica da instituição fechada sobre si mesma? E como é que este sistema simbólico e prático, cheio de rituais e de maneiras de estar, inscrito, em parte, numa suposta tradição, se insere e contribui parauma espécie de identidade universitária de e para alguns?
Para esta conversa juntámos gente do Cria’ctividade, que organiza a semana de integração alternativa à praxe em Coimbra, Jorge Ramos do Ó, historiador da educação, e Paula Godinho, antropóloga que tem estudado cerimónias, comemorações e rituais.
// Sexta-feira, 11 de Dezembro:
- 18H30 - CANÇÕES COM ESCOLAS LÁ DENTRO com Pedro Rodrigues, Toni e Youri Paiva A escola é um tema muito explorado na música popular. Existem inúmeras canções críticas da escola, contra o autoritarismo dos professores ou os muros da escola. Noutras imagina-se uma escola diferente, outra aprendizagem, noutra sociedade. Pedro Rodrigues, Toni e Youri Paiva andaram a pensar no assunto e vão falar-nos sobre (e dar-nos a ouvir) algumas canções com escolas lá dentro.
// Sábado, 12 de Dezembro:
- 12H - VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO «ESCOLAS: REAPRENDER E ENSINAR»
por Eduarda Dionísio Através de documentos e imagens inéditos, traçamos o percurso singular de dois professores que também foram alunos antes e depois do 25 de Abril. Mário Dionísio e Maria Letícia Clemente da Silva estiveram ligados ao ensino, deram aulas em vários liceus de Lisboa, e empenharam-se em tornar a escola um lugar de efectiva formação dos jovens. O que pensavam sobre educação e como punham em prática as suas ideias, muito diferentes das que, durante décadas, foram impostas a professores e alunos pelo antigo regime? Uma exposição que nos ajudará a pensar os problemas das escolas hoje.
- 16H - CANTA O CORO DA ACHADA
O Coro da Achada preparou uma série de canções a pensar na escola para mostrar nesta ocasião. Tens de ir à escola para aprender? Não, se for para nos meterem em pequenas caixinhas.
- 17H30 - HISTORIETAS DA ESCOLA
com Pitum Keil do Amaral
Nas várias escolas por onde passámos – ou pelas quais andamos a passar ou ainda iremos passar – há sempre historietas curiosas e engraçadas para contar. Aquele professor que dizia «pois, mas reparem» 1023 vezes na aula, aquele colega que fazia colecção de caracóis e os levava para a aula, aquela árvore onde se podia namorar «às escondidas». Pois, mas reparem, a escola não é só local de aprendizagens e de desaprendizagens, é também uma enorme concentração de histórias e historietas. O Pitum Keil do Amaral reuniu algumas das suas peripécias e convida todos os que quiserem para virem partilhar as suas.
- 19H - O GRUPO DE TEATRO DA CASA DA ACHADA
apresenta «MÃOS COM INQUIETAÇÕES» «Mãos com Inquietações» é um espectáculo colectivo criado a partir de dois poemas de Mário Dionísio («Pior que não cantar» e «Solidariedade»), do texto («Mãos cheias») deConceição Lopes, de um excerto do texto A Mãe da Comuna Teatro de Pesquisa, de 1977 (a partir de Bertolt Brecht), e algumas inquietações e outras ideias à volta das mãos (e dos pés), passando e sendo contagiados também pelo poema de Regina Guimarães («Mãos vazias às Mãos cheias») e pelo poema de José Frade («Poder»), sendo tudo pautado pela música do Balanescu Quartet com uma pequena intervenção pelo meio de Arvo Pärt.
Perseguimos a ideia de fazer um trabalho colectivo que vive das presenças e das ausências daqueles que lhe dão corpo, das suas necessidades e dificuldades, das suas raivas e angústias, das suas alegrias e tristezas, mas sobretudo da sua vontade de querer fazer.
Falamos e mostramos as nossas mãos como quem dá e interroga. Tudo podemos fazer e desfazer com as nossas mãos.
// Domingo, 13 de Dezembro:
- 11H - AUDIÇÃO DA GRAVAÇÃO DE «A LUTA CONTINUA, DIZEM ELES»
leitura por Antonino Solmer
Audição do conto de Mário Dionísio, inserido no livro A morte é para os outros.
- 15H30 - OFICINA DE FAZER BRINQUEDOS
com Eupremio Scarpa
Uma tarde a fazer brinquedos a partir do que pensamos que já não presta. Para todos, a partir dos 6 anos.
- 18H – UM POEMA DO SONHO O primeiro dos «Dois poemas do sonho» de Mário Dionísio foi a inspiração para a construção de uma pequena BD. A partir dela, nasceu uma espécie de animação, a que chamámos «Um poema do sonho».
Começando por uma questão e a terminar com outra, é, acima de tudo, um problematizar de divagações. Não é nada pegadógico, mas voa sobre as formas como se aprende e se memoriza a informação e o conhecimento, sobre graus de ignorância e sobre os cinco sentidos e a vontade de conversar. Sem caras, vozes ou histórias de vida mas a exalar cheiro humano até na banda sonora.
- 19H30 - SORTEIO DE UMA OBRA DE ARTE
Durante estes dias, vamos vender senhas para o sorteio de uma serigrafia de Hansi Stäel. O sorteio é no domingo.
Firmino Mendes vem responder-nos à questão «sidonismo: caudilhismo ou pré-fascismo?», a propósito da efeméride da morte de Sidónio Pais a 14 de Dezembro de 1918.
Nas sessões «histórias da História», conversamos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje - como a tão badalada «crise» - que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes.
Saguenail (Serge Abramovici), um cineasta que escreve? Um escritor que ensina? Um professor que faz filmes? Um pensador de imagens? Um percurso de vida contado pelo próprio, com muitas voltas, encontros e viagens. E muitas «zonas cinzentas»: na vida, nos livros, nos filmes. Então afinal estava tudo escrito?
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
Opção 1: Cartão de crédito ou Paypal
Faça o seu donativo online, de forma totalmente segura, usando o seu cartão de crédito ou a sua conta Paypal.
Caso opte por esta forma de pagamento, o Paypal irá reter uma pequena percentagem do valor doado, pelo que se quiser garantir que iremos receber a totalidade do seu donativo, faça uma transferência bancária (abaixo).
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