A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Programação:
Ciclo
Exposições Gerais de Artes Plásticas:
Quando as Artes Tomam Posição
Foi exactamente há 70 anos que se realizou a 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas (EGAP), famosa por ter sido «visitada» pela PIDE que apreendeu 12 quadros (um dos quais de Mário Dionísio) porque considerados «anti-nacionais» e subversivos.
As Exposições Gerais de Artes Plásticas (1946-1956) têm uma importância fulcral (e nem sempre reconhecida) na história da luta contra o fascismo em Portugal. O ciclo quer dar a conhecer este acontecimento e alguns dos protagonistas desta «aventura», o que movia estes artistas portugueses a unir-se num compromisso político e não estético.
Para além disso, é oportunidade para debater arte e política, o compromisso dos artistas, censuras novas e antigas, e perceber de que formas as artes podem tomar posição.
A acompanhar o ciclo, uma exposição, Um grande comício sem palavras – A partir da II Exposição Geral de Artes Plásticas de 1947, com alguns dos quadros que foram apreendidos, acompanhados com fotos e documentos existentes no Centro de Documentação do Centro Mário Dionísio, que pode ser vista na Casa da Achada até 16 de Abril de 2018.
A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio inaugura uma nova exposição, 70 anos depois da 2ª Exposição Geral de Artes Plásticas (EGAP), famosa por ter sido «visitada» pela PIDE que apreendeu 12 quadros (um dos quais de Mário Dionísio) porque considerados «anti-nacionais» e subversivos.
As EGAPs têm uma importância fulcral (e nem sempre reconhecida) na história da luta contra o fascismo em Portugal; foram exposições de artistas portugueses unidos num compromisso político e não estético: os participantes nas EGAPs comprometiam-se a não mais colaborar com as exposições organizadas pelo regime.
Esta exposição quer lembrar este acontecimento marcante na história da resistência ao fascismo mostrando alguns dos quadros que foram apreendidos, acompanhados com fotos e documentos existentes no Centro de Documentação do Centro Mário Dionísio.
Leitura de Encontros em Paris, de Mário Dionísio, editado pela Vértice em 1951.
Este livro reúne uma série de entrevistas feitas por Mário Dionísio a vários pintores e artistas: Lurçat, Léger, Fougeron, Orazi, Taslitzky, Pignon, Morado e Scliar.
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria ser antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.»
A par do ciclo «Exposições Gerais de Artes Plásticas: quando as artes tomam posição», a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio propõe um ciclo de cinema com diversos filmes realizados com a intenção de intervir nas questões sociais e políticas do seu tempo.
Sabemos que o cinema intervém de formas muito diferentes e continua a ser «uma arma» para a denúncia da injustiça e da desigualdade, o testemunho de condições sociais, a tomada de posições políticas perante assuntos da actualidade, como a guerra, a exploração no trabalho, as discriminações, etc.
Mas a intenção não basta: o cinema teve e tem de procurar as formas adequadas para essas tomadas de posição. Realizadores diversos encontraram maneiras diferentes de o fazer, por vezes juntando-se em colectivos de artistas para fazer filmes que despertam solidariedades e, à sua maneira, lutam.
Pedimos a 12 artistas que nos enviassem, cada um, uma ilustração para um calendário para 2018.
Mas o calendário, para existir, precisa de ser montado. Por isso, nesta oficina, com a ajuda de Lena Bragança Gil e Rubina Oliveira, vamos escolher como vai ser a página de cada mês deste calendário e, depois, vamos montar muitos para ajudar a Casa da Achada a ganhar fôlego para mais um ano.
As 12 contribuições são de Bárbara Assis Pacheco, Daniel Valente, João Queiroz, José Smith Vargas, Lira e Pitum, Marcos Farrajota, Marta Caldas, Nadine Rodrigues, Pierre Pratt, Regina Guimarães, Rodrigo Gonçalves e Zé d'Almeida.
Teatro - A Burla
Criação colectiva a partir de uma ideia de Humberto Tavares
Fraudes, trafulhices, vigarices. Quem engana quem. A vida numa cidade. Um jardim. Ponto de encontro, ponto de desencontro. Praça pública: passagem, cumplicidades, negócios. Mistérios, histórias. Amparos, desamparos. As notícias na televisão a marcarem o dia a dia?
O Grupo de Teatro do Centro de Apoio Social de São Bento apresenta «A burla», uma criação colectiva a partir de uma ideia de Humberto Tavares.
Na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz-se de tudo um pouco: ler, escrever, pintar, olhar, ver, escutar, teatrar, experimentar, fazer, conversar, debater, cantar, expor, lembrar, aprender.
De quinta-feira 14 a segunda-feira 18 de Dezembro fazemos um fim de semana bem alargado com uma série de actividades e muita coisa à venda, a bom preço. Vai haver discos e livros raros, roupas e objectos, novas edições e um calendário bonito para 2018 com participações de 13 amigos. E outras prendas com ideias…
Ao mesmo tempo aproveitamos para mostrar um pouco do tanto que passa pela Casa da Achada. Vai haver cantorias e teatro, uma visita à exposição, filmes feitos em oficinas da Achada, poesia, comida, música e tempo para conviver e beber um refresco.
Para além de tudo isto, lançamos uma nova edição da AUTOBIOGRAFIA de Mário Dionísio prefaciada por Luis Miguel Cintra.
Para ver e descobrir amigos e fazer umas comprinhas a preços bem módicos, que também ajudam esta Casa a continuar a fazer tanto de tudo um pouco.
PROGRAMA:
*** 5.ª feira, 14 de Dezembro ***
- 18h30 - «histórias da História»
Duas ou três coisas sobre Mao Tse Tung, com Jorge Almeida Fernandes.
- 21h30 - «Direis que não é poesia»: Poema 30
Espectáculo musical de João Caldas, Lucas Xerxes e Pedro Rodrigues, a partir da poesia de Mário Dionísio.
*** Sábado, 16 de Dezembro ***
- 16h00 -
Visita guiada à exposição «Um grande comício sem palavras», com leituras pelo Grupo Teatro Comunitário da Casa da Achada.
- 17h30 -
Lançamento do calendário de 2018, com conversa sobre o que foi e o que será.
- Ao fim do dia -
Comes e bebes no quintal.
*** Domingo, 17 de Dezembro ***
- 15h30 -
O Coro da Achada canta.
- 16h00 -
Lançamento da nova edição da AUTOBIOGRAFIA, com prefácio de Luis Miguel Cintra, apresentado por Eduarda Dionísio e com leituras a várias vozes.
- 17h00 -
Mostra de filmes feitos nas oficinas.
*** 2.ª feira, 18 de Dezembro ***
- 18h30 - Ciclo «A Paleta e o Mundo V»
Leitura comentada, acompanhada pela projecção de imagens, de ENCONTROS EM PARIS de Mário Dionísio.
- 21h30 - Ciclo «O cinema intervém...»
Projecção dos filmes À BIENTÔT, J'ESPERE (1968, 55'), de Chris Marker e Mario Marret, e CLASSE DE LUTTE (1969, 37'), de Chris Marker, apresentados por António Loja Neves.
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
Opção 1: Cartão de crédito ou Paypal
Faça o seu donativo online, de forma totalmente segura, usando o seu cartão de crédito ou a sua conta Paypal.
Caso opte por esta forma de pagamento, o Paypal irá reter uma pequena percentagem do valor doado, pelo que se quiser garantir que iremos receber a totalidade do seu donativo, faça uma transferência bancária (abaixo).
Opção 2: Transferência bancária
Transfira para o NIB 0036 0000 9910 5869 2830 8 a quantia que desejar doar.
Sugestão: Assinar este texto, completando com a quantia doada, e enviar para a Casa da Achada.