A Biblioteca Pública da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio, com mais de 4000 volumes de literatura, arte, filosofia, história, ciência, livros infantis e juvenis, etc. e algumas centenas de publicações periódicas pode ser consultada durante as horas de abertura. Também a Mediateca, que se encontra em formação, pode já ser consultada e verem-se filmes no local ou levá-los para casa, emprestados. Ver Catálogo da Biblioteca Pública e Mediateca. Ver mais informações.
Mediante marcação:
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
O Centro de Documentação, constituído pelo arquivo Mário Dionísio e pela sua biblioteca e de Maria Letícia Clemente da Silva (mais de 6000 volumes e mais de 200 publicações periódicas) pode ser consultado mediante marcação. Ver Catálogo da Biblioteca do Centro de Documentação.
Programação:
Ciclo: Fronteiras fora e dentro
A história humana é uma história de migrações, mas elas são hoje dominadas pelos critérios do neoliberalismo e do sistema económico capitalista. Uns podem mover-se livremente no mundo. Outros não. Uns viajam por recreio, outros para fugir à guerra e à miséria. O dinheiro passa, as mercadorias passam, as armas passam as fronteiras, mas muita gente fica retida por não ter papéis. A regulação das migrações é hoje em dia feita na base de violências e desigualdades brutais.
A Casa da Achada - Centro Mário Dionísio propõe um ciclo para debater as fronteiras, o que elas significam, o que elas escondem, o que elas protegem, num mundo de discriminação e guerra, num momento histórico em que as fronteiras voltam a tornar-se autênticos cemitérios para refugiados que procuram apenas um lugar onde viver em paz. Para pensar os modos de as passar e de as questionar, derrubando os muros que se levantam de novo (mesmo dentro de cada país), e que tantas vezes nos afastam dos vizinhos, dos colegas e dos amigos. Porque também há fronteiras pelas quais passamos todos os dias, quando atravessamos uma porta ou um bairro que não conhecemos.
Por isso propomos iniciativas e debates para pensar porque se ergueram e erguem de novo barreiras entre pessoas e ideias, porque se desenham fronteiras dentro e fora das nossas cabeças. Para derrubar muros mas também para separar águas e clarificar ideias.
Fotografias, montagens, textos em francês e português. Com prolongamentos no exterior. Uma proposta para ler Lisboa de outras maneiras, feita aos seus habitantes e aos muitos que por ela passam, por quem não vive nela mas que se apaixonou por ela, que a ela vai regressando com frequência de há mais de 20 anos para cá e que a foi estudando com o olhar, o andar, as conversas e os livros.
Autores da exposição: Jean-Luc Le Douarec, francês, jornalista (textos); Alain Campos, francês, pintor (imagens).
Após a inauguração, conversamos com os seus autores sobre os porquês da exposição e o seu olhar de Lisboa. Afinal, em que consiste ler uma cidade?
* conversa com tradução simultânea
Ciclo A Paleta e o Mundo IV
Todas as segundas-feiras às 18h30
Leituras com projecção de imagens de textos relacionados
Continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, da 3ª parte de A Paleta e o Mundo,«Os primeiros pintores malditos», de Mário Dionísio.
«A Paleta e o Mundo não é uma história, não é um tratado, nem se dirige a especialistas. Quereria ser antes uma longa conversa - porque nunca esqueço que escrever é travar um diálogo constante, uma das várias e mais fecundas maneiras de não estar sozinho. Uma longa conversa com aquelas tantas pessoas, como eu próprio fui, que, vendo na pintura moderna qualquer coisa de chocante cujo porquê se lhes escapa, achariam contudo indigno injuriá-la sem terem feito algum esforço para entendê-la.»
Foi lançada no passado dia 30 de Janeiro, no início da sessão «Editar à margem», umacampanha para apoio à reedição d’A Paleta e o Mundo. Esta obra histórica sobre arte e sociedade de uma actualidade surpreendente, ensaio pelo qual Mário Dionísio recebeu o Grande Prémio de Ensaio de 1962, está praticamente esgotada (já só existem para venda alguns dos 5 volumes da 2ª edição de 1973-74) e é nossa vontade conseguir reeditá-la ainda este ano, centenário do nascimento de Mário Dionísio.
Quem quiser dar o seu contributo (no mínimo dois euros) só tem de vir à Casa da Achada e tratar do assunto. Se preferir pagar por transferência bancária (IBAN: PT50 0036 0000 9910 5869 2830 8), deve enviar-nos um email (para casadaachada@centromariodionisio.org) com o seu nome, o comprovativo, e a indicação de que o valor se destina à reedição d’A Paleta e o mundo. Os nomes dos apoiantes figurarão na futura edição.
Ao longo de 13 sessões, de Julho a Setembro, a Casa da Achada vai mostrar 15 filmes onde as fronteiras têm um papel importante. São, quase na totalidade, filmes de ficção de países diferentes que apresentam as dificuldades de passar uma fronteira (e de lá ficar retido), as fronteiras na II Guerra Mundial, fronteiras por cima e por baixo da terra, o racismo e a xenofobia muitas vezes presentes.
Por ser Verão, o ciclo será ao ar livre, na Rua da Achada. Há mantas para os dias mais frios e se chover a projecção é feita dentro da Casa da Achada. A entrada é livre, todos os filmes em língua estrangeira são legendados, e há sempre uma apresenção e espaço para uma conversa.
// 4 de Julho O peregrino (1923, 47’) O emigrante (1917, 30’)
de Charlie Chaplin
apresentados por Pedro Soares
// 11 de Julho Terminal de aeroporto (2004, 128’)
de Steven Spielberg apresentado por João Pedro Bénard
// 18 de Julho No man's land (1985, 110’)
de Alain Tanner com apresentador a confirmar
// 25 de Julho A sede do mal (1958, 95’)
de Orson Welles
apresentado por Inês Sapeta
Domingos 3, 10 e 24 de Julho de 2016 das 15h30 às 17h30
Para o mês de Julho, preparámos uma série de oficinas de fabrico de propaganda contra as fronteiras, o racismo, a xenofobia, pelo internacionalismo e a livre circulação.
- 3 de Julho: Fazer pins com Eupremio Scarpa e Lena Bragança Gil
- 10 de Julho: Gravura em t-shirts com Eupremio Scarpa e Irene van Es
- 24 de Julho: Desenhar autocolantes com Pedro Rodrigues
A partir dos 6 anos. Número máximo de participantes: 10.
Nesta sessão de «histórias da História», Sebastião Lima Rego vem contar-nos a extinção, por votação na Assembleia Nacional, da III República Francesa a 10 de Julho de 1940.
16 de Julho de 2016. Mário Dionísio nasceu há 100 anos. A Casa da Achada quer lembrá-lo todos os dias, não apenas hoje. Mas hoje também.
Durante todo o dia, entre as 10h e as 22h, haverá actividades para todos na Casa e no Largo da Achada: oficinas, jogos, leitura de poemas, canções,comes e bebes. Estão todos convidados a vir passar este dia connosco; a levarem para casa um exemplar da Poesia Completa de Mário Dionísio, acabadinha de editar pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda; a verem o espectáculo Não se pode viver sem utopia, apresentado pelo Coro da Achada; a pegarem no megafone e contarem por onde é que pegam em Mário Dionísio, o que vos interessa nele, porque é que precisamos dele hoje, passados 100 anos.
Neste dia, fazemos saltar para a rua as nossas edições e mais uns tantos livros e objectos raros, sorteamos um tapete feito a partir de um quadro de Mário Dionísio e continuamos acampanha para a reedição d'A paleta e o mundo, actualmente esgotada. Não faltarão formas de ajudar a Casa da Achada a continuar o seu trabalho de tratamento e divulgação do espólio literário, artístico e pessoal de Mário Dionísio. Em exposição estará o quadro para cujo restauro pedimos apoio em Dezembro do ano passado, no fim-de-semana «Já não há papel», que já está restaurado!
Venham passar este dia connosco, ler um poema, cantar uma canção, estampar uma t-shirt, fazer um pin, jogar Gafanhoto caracol, ouvir uma entrevista, comprar uma serigrafia, comer, beber, conversar. Porque 100 anos é pouco tempo.
Bairros Invisiveis
conversa com António Brito Guterres, Flávio Almada (LBC) e
Ainda a pensar no nosso ciclo anterior, «Estas cidades», e misturando-o com o tema das fronteiras, vamos conversar sobre «bairros invisíveis» - os bairros pelos quais muita gente não passa, que aparecem nas televisões como «problemáticos».
E como é viver num bairro que, para além dos seus habitantes, muito pouca gente conhece? As fronteiras do bairro oprimem ou protegem? As instituições ajudam ou atacam? E como é que se liga uma cidade de todos quando esta cria as suas próprias fronteiras, os seus próprios muros?
Para esta conversa convidámos António Brito Guterres, Flávio Almada (LBC) e Mário Monteiro (Boss).
A seguir à conversa, projectamos Manti firmi mana, filme de João Garrinhas e Mário Monteiro que foi baseado em história da vida reais seleccionadas, produzidas e representadas pelos jovens do projecto de intervenção social Take.it.E5G e sua equipa, através de um processo participado.
A quem quiser contribuir para que a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
continue a existir
A entrada é gratuita em tudo o que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio faz. Não por riqueza ou por mania. Mas porque decorre da própria ideia que Mário Dionísio tinha da cultura. E nós, vários anos depois, também.
As excepções são as edições, é claro. Que os Sócios Fundadores e Amigos da Casa da Achada podem comprar abaixo do preço do mercado.
Os tempos vão maus e os apoios institucionais também.
Por isso, agora dizemos a toda a gente que toda a gente pode fazer um donativo, se assim o entender.
Opção 1: Cartão de crédito ou Paypal
Faça o seu donativo online, de forma totalmente segura, usando o seu cartão de crédito ou a sua conta Paypal.
Caso opte por esta forma de pagamento, o Paypal irá reter uma pequena percentagem do valor doado, pelo que se quiser garantir que iremos receber a totalidade do seu donativo, faça uma transferência bancária (abaixo).
Opção 2: Transferência bancária
Transfira para o NIB 0036 0000 9910 5869 2830 8 a quantia que desejar doar.
Sugestão: Assinar este texto, completando com a quantia doada, e enviar para a Casa da Achada.