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Capa livro O Dia Cinzento

 

Coimbra: Coimbra Editora, 1944, col. Novos Prosadores,

capa c./ desenho de Leandro Gil (pseudónimo de MD)

 

 

Um livro inovador [...] Prenúncios de coisas futuras. Além disso, duas ou três narrativas de primeira água. Entre elas, uma pequena obra-prima do conto portu­guês contemporâneo: «Assobiando à von­tade».
Carlos de oliveira

 

Daí que, ao tornar a lê-lo, O Dia Cin­zento se me apresente tão ligado à minha formação de escritor. [...] Pergunto-me onde é que a crónica da cidade dos anos de guerra atingiu, antes dele, uma expressão tão ajustada.
José Cardoso Pires

 

A grande novidade do Dia Cinzento vem duma técnica de contar muito vi­sual [...] Uma técnica que habilmente contrapõe uma angústia humana, lacerada mas intocável, não perfeitamente definida (e por isso polivalente, capaz de encher-se com a angústia doutras angústias), com uma realidade muito concreta, de formas e cores exactas, que se define e explora até à minúcia do pormenor.

Luisa Dacosta

 

A dialéctica interna à geração de 40 teve e tem no autor deste livro um dos seus marcos fundamentais. Não são as obras mais numerosas as que melhor re­presentam uma obra, por vezes. E a de Dionísio é dessas. O que ele afirma ou nega afirma-nos e nega-nos.

Mário Sacramento

 

Se é certo que em alguns dos modelares contos de O Dia Cinzento essa marca do absurdo está sobretudo presente em termos alusivos, num sábio processo de finalização do conto, em que o fechamento narrativo corresponde a uma abertura imaginativa ou emocional por parte do leitor, [...] é no ro­mance que encontramos a urdidura desse sem-sentido, numa perspectiva que já não apelidaríamos de existencial porque, radica­da no social e tendo embora no coração do homem o seu centro, o desdobramento nar­rativo que lhe dá forma atrai-o [...] para uma reflexão que se apresenta já intrínseca ao próprio acto de escrever.
Maria Alzira Seixo

 

É ainda neste livro muito importante o contraponto dos meios urbanos e rurais, tal como os contrastes de classes, apre­sentados sem simplismo demagógica, antes com a lucidez dramática de um olhar de artista implacavelmente honesto para con­sigo e para com os outros. Ao rigor, junta-se, porém, a ironia e, à aridez da reivindicação, o sol da ternura — e assim se constitui uma obra que escorre ver­dade e amor.
Urbano Tavares Rodrigues

 

Escandalizou algum tanto, este 0 Dia Cinzento, quando apareceu [...]. Mas. é o que foi ontem uma razão de escândalo que ó hoje precisamente uma razão de apreço.
Vergílio Ferreira

 

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2022