Horário de Funcionamento:
Segunda, Quinta e Sexta
15:00 / 20:00
Sábados e Domingos
11:00 / 18:00
Nasce em Lisboa, na Rua Andrade, n.º 2 (Anjos). Filho único de Eurico Monteiro, comerciante e oficial miliciano e de Julieta Goulart Parreira Monteiro, doméstica, com o curso superior de piano.
com um ano |
com o pai |
O pai é mobilizado para França durante a Primeira Guerra Mundial.
Faz os três primeiros anos da instrução primária em casa, com uma professora.
Frequenta a 4.ª classe num colégio particular, na Cova da Moura, em Lisboa.
Golpe militar que instaura a ditadura em Portugal durante 48 anos.
Faz o exame da 4ª classe na escola da Rua de S. José e entra para o Liceu Camões, que frequenta três anos, onde um só professor – de português – , Arnaldo Mendes, o marcará.
Morre o pai, aos 34 anos, em Tete (Moçambique) com febre tifóide, o que o lhe dará isenção de propinas durante toda a vida escolar, enquanto órfão de combatente. A mãe, regressada de África, começa a dar lições de piano. Passa a viver com a mãe e os avós paternos na Avenida Almirante Reis, n.º28, r/c Esqº. O avô é comerciante e almeidista. Há reuniões conspirativas contra a ditadura na sua loja.
A alteração das zonas escolares obriga-o a mudar para o Liceu Gil Vicente (na Graça) no 4º ano (actual 8.º ano), onde é companheiro de Jorge Domingues, seu grande amigo, e onde é aluno de Francês de Câmara Reys, fundador da Seara Nova – um dos dois únicos professores de que guardou boas memórias. (ler "Experiências e excepções")
Faz a sua primeira greve, no Liceu Gil Vicente, de solidariedade com a Revolta da Madeira.
Completa o 5º ano do Liceu (actual 9º ano).
Morre o avô materno com quem vivia.
No Liceu Gil Vicente, planeia com Jorge Domingues o jornal Prisma, que só sairá quando ele já não frequentar o Liceu.
com colegas no Liceu Gil Vicente |
na Ericeira |
|
com colegas e professoresno Liceu de Évora. Mário Dionísio é o2º a contar da direita, em pé.O tio, Pedro Bragança Gil, em pé, à direita. |
Morre a mãe, aos 38 anos, com uma pleurisia mal diagnosticada.
Sai do Liceu Gil Vicente. Vai viver para Évora, em casa dos tios (o tio, Pedro Bragança Gil, é professor de Português e Francês no Liceu), e aí completa o 7º ano de Letras (actual 11ºano).
Colabora no Corvo, jornal do Liceu Garcia de Resende.
Vem viver sozinho para Lisboa, de um pequeno rendimento, de explicações particulares e de aulas em colégios que vai dando. Come em casa de Jorge Domingues, à família do qual paga (pouco) pela alimentação.
Inscreve-se na Faculdade de Letras (Filologia Românica), apesar de a família lhe ter destinado Direito. É aí que conhece Alberto Araújo, Fernando Piteira Santos, Álvaro Salema, Magalhães Vilhena, Vitorino Magalhães Godinho e muitos outros, além da mulher com que virá a casar, Maria Letícia Clemente da Silva. Começará a partir daqui a sua actividade política.
Tem contactos com a revista Momento. Dirige e pagina o semanário Gleba.
Publica dois livros que mais tarde retirará da sua bibliografia: Via Luminosa (poesia) e Oiro, caricatura de uma civilização (prosa).
1934 - Mário Dionísio com 18 anos, no 1º ana da Faculdade |
1934 - Mário dionísio com dois amigos, em Lisboa.Mário Dionísio è esquerda |
Entra para a redacção do semanário Liberdade, no mesmo número que Álvaro Cunhal.
Começa a Guerra Civil de Espanha
Escreve os primeiros poemas que publicará em Poemas, cujo título começou por ser Pregão.
Em casa, organiza e guarda material de A Barricada, órgão do Socorro Vermelho Internacional.
Tenta organizar com Jorge Domingues o I Certame de Arte Moderna, que não se realizará por falta de sala.
Começa a colaborar no Sol Nascente e no Diabo.
Resolve fazer a sua dissertação de licenciatura sobre a «Ode Marítima» de Fernando Pessoa, autor até então ignorado na Faculdade de Letras de Lisboa e pela primeira vez declamado por Manuela Porto, sua amiga. Fica reprovado no exame de licenciatura.
Colabora na Presença e na Revista de Portugal. Publica no Sol Nascente «Apontamento sobre a necessidade de ver claro», faz crítica literária em O Diabo, para a direcção do qual entra.
Acaba o livro Poemas.
Acaba a Guerra Civil de Espanha, com a vitória do ditador Franco.
Começa a 2ª Guerra Mundial.
Continua a colaborar em O Diabo, onde publica «S.O.S., geração em perigo», começa a escrever em Altitude e na Seara Nova, a convite de António Sérgio. Nestas várias publicações faz artigos sobre autores contemporâneos portugueses e estrangeiros, muitos deles pouco conhecidos (Aquilino Ribeiro, Irene Lisboa, Fernando Namora, Romain Rolland, Jean Cocteau, Maiakovski, Castro Soromenho, etc.).
Faz a licenciatura em Filologia Românica, apresentando uma dissertação sobre Erico Veríssimo.
É admitido no estágio do ensino liceal no Liceu Normal de Pedro Nunes, o único que formava professores de liceu em Lisboa.
Faz o primeiro ano de estágio no Liceu Pedro Nunes, dando simultaneamente aulas no curso nocturno do Ensino Técnico.
Casa-se com Maria Letícia Clemente da Silva, sua colega de Faculdade, licenciada em Filologia Clássica e professora de Liceu desde o ano anterior, em Santarém. Alugam um apartamento num prédio das Avenidas Novas, em Lisboa, onde viverão toda a vida. Ver vídeo «Memória da Casa», de Regina Guimarães.
18 dias depois do casamento sabe que está turberculoso. É obrigado a interromper o estágio para professor liceal. Passa 8 meses no Grande Hotel Sanatório do Caramulo.
No Caramulo, escreve uma peça em 13 cenas que foi representada pelos doentes no Carnaval.
Abandona o sanatório do Caramulo por falta de recursos financeiros. Vem doente para Lisboa, impossibilitado de trabalhar pela doença que durará 3 anos. Continua o tratamento em casa. É a mulher, então professora no Liceu Pedro Nunes, quem sustenta a casa.
Retrato de Maria Letícia |
Lê e escreve, é visitado por muitos amigos, entre os quais Álvaro Cunhal,Huertas Lobo, António Augusto de Oliveira.
Começa a pintar.
Publica Poemas, 2º volume da colecção Novo Cancioneiro, editada em Coimbra, por Joaquim Namorado e outros. A gravura da capa é de Manuel Ribeiro de Pavia. A edição esgotou-se antes de chegar às lidvrarias. Houve quem o passasse à máquina.
Inicia a rubrica «Fichas» na Seara Nova, onde escreve sobre Soeiro Pereira Gomes, Jorge Amado, José Gomes Ferreira, Alves Redol, Manuel da Fonseca, arte francesa contemporânea, pintura.
A convite de Bento de Jesus Caraça faz uma conferência na Universidade Popular com o título de «Significado e destino da pintura moderna portuguesa», que repetirá no ano seguinte, no Ateneu Comercial do Porto.
Impossibilitado de continuar o estágio de professor liceal, que entretanto tinha sido fechado em Lisboa, dá aulas no ensino particular, no colégio Bairro Escolar, no Estoril, para onde se desloca diariamente de comboio.
Participa na organização das Conferências do Grémio Alentejano (ex-Casa do Alentejo), cujo planeamento se fez em sua casa. Da série prevista só se realizou a primeira, de Bento de Jesus Caraça. A segunda (de Fernando Lopes Graça) foi interrompida pela polícia.
Continua a publicação das «Fichas» na Seara Nova, até à 13A, contra João Pedro de Andrade. A publicação da «Ficha 14» é recusada pela redacção.
Publica Ficha 14 em edição de autor, mas de facto editada por Hélder Pires, membro do grupo Liberdade. A edição, cuja vinheta da capa é de Avelino Cunhal, inclui três cartas de protesto contra a redacção da Seara Nova por ter não querido publicar o texto. Entre as assinaturas: Fernando Lopes Graça, João José Cochofel, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, Aniceto Monteiro, Zaluar Nunes, Soeiro Pereira Gomes, Alves Redol, Manuel Mendes.
Retrato de Mário Dionísio por Teresa Arriaga, 1944. |
Publica o livro de contos O Dia Cinzento, na colecção Novos Prosadores da Coimbra Editora. É ele que faz a capa, que assina com o pseudónimo Leandro Gil. O livro é mal recebido pela crítica.
Passa a dar aulas no Colégio Moderno, em Lisboa, de que é
proprietário e director
João Soares, pai de Mário Soares.
Acaba a 2ª Guerra Mundial, com a vitória dos Aliados.
Colabora nas revistas Vértice, Seara Nova, no Jornal do Comércio, no jornal República e outras publicações periódicas.
Publica o livro de poemas As Solicitações e Emboscadas, com capa de Tereza Arriaga.
Então já militante do PCP, faz a ligação entre o partido e a Comissão de Escritores, Jornalistas do MUD.
com Maria Letícia em Paços de Carvalhais durante as férias |
a escrever à máquina |
Reunião do MUD. Mário Dionísiona 1ª fila, 2º a contar da direita. |
É membro da Comissão Organizadora da I Exposição Geral de Artes Plásticas que reuniu todos os artistas que nunca tinham exposto no SNI ou que se comprometessem a não mais o fazer. A I EGAP realiza-se em Lisboa, na SNBA, de que é sócio e onde trabalhará vários anos. O prefácio anónimo do catálogo dessa exposição é da sua autoria.
Vai a Paris onde conhece Portinari, que entrevista. Publica as entrevistas ao pintor, em O Globo e na Vértice e um artigo sobre ele no Diário de Lisboa. Publica textos sobre arte francesa contemporânea no Mundo Literário e na Vértice.
Escreve letras para duas canções de Fernando Lopes Graça, uma delas infantil, publicadas em Marchas, Danças e Canções, volume que seria apreendido pela polícia. As canções foram proibidas.
Ouvir aqui as duas canções, com letra de Mário Dionísio, interpretadas pelo Coro da Achada.
Canto de Esperança
Gafanhoto caracol
Nasce a única filha que teve, Eduarda.
ao lado do quadro que havia de ser apreendido pela PIDE na II Exposição de Artes Plásticas (1947). |
Publica o álbum Van Gogh, pintor que considerou seu «mestre».
Participa na II Exposição Geral de Artes Plásticas com o pseudónimo José Alfredo Chaves. Um quadro seu é uma dos apreendidos pelo Ministro do Interior que se desloca à Exposição com uma brigada da PIDE. (ler Carta ao Ministro do Interior)
Pinta «Interior» que depois do 25 de Abril readquire o seu verdadeiro título: «Reunião Clandestina».
Pintura |
Reunião Clandestina |
Faz crítica literária na Vértice.
É secretário-adjunto do Pen Club Português.
A mulher, Maria Letícia, então professora no Liceu Camões, é demitida por razões políticas (nunca explicitadas) do ensino oficial e é-lhe recusado o diploma do ensino particular. Passa a dar explicações até ser reintegrada no ensino, oito anos mais tarde.
Participa na III Exposição Geral de Artes Plásticas com 3 óleos e no Salão de Inverno da SNBA.
Colabora em Itinerário, jornal de Lourenço Marques.
Faz o prefácio de XIV Desenhos Pomar
enquanto pintava um quadro que viria a destruir. Ao fundo retrato a carvão de Mário Dionísio por Tereza Arriaga (1944) |
Vendedor Ambulante |
O Músico |
|
Retrato de Mário Dionísiopor João Abel Manta, 1949 |
Maria |
Vendedor |
Vai a Paris onde faz entrevistas a pintores de várias nacionalidades, que são publicadas na Vértice.
Participa na 1ª Exposição de Pintura Moderna promovida pela Vértice, em Coimbra; no Salão da Primavera da SNBA, onde obtém uma menção honrosa de pintura; no Salão deInverno da SNBA, onde tem a 3ª medalha de Desenho; na IV Exposição Geral de Artes Plásticas, com 5 trabalhos.
Continua a fazer crítica literária na Vértice.
Publica um estudo sobre Guilherme de Azevedo na obra Perspectivas da Literatura Portuguesa do Século XIX, dirigida por João Gaspar Simões.
Traduz Os Sonhos de Jean Lhermite para a Colecção Saber das Publicações Europa-América.
Retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar, 1950 |
Mulher a lavar louça |
Maternidade Camponesa |
Publica o livro de poemas O Riso Dissonante.
Traduz A Pérola de John Steinbeck.
Faz no Colégio Moderno, onde ensina, uma conferência intitulada «Convite ao Estudo da Poesia Moderna Portuguesa».
Expõe 4 trabalhos na V Exposição Geral de Artes Plásticas.
Faz o cartão para a única tapeçaria sua que foi executada, «Ribeira do Tejo».
Começa a escrever o diário inédito Passageiro Clandestino.
Publica Encontros em Paris, que reúne as entrevistas realizadas em Paris dois anos antes e entretanto publicadas na Vértice, aos pintores Lurçat, Fougeron, Taslitsky, Pignon, Orazi, Chavez-Morado e Scliar, sobre as questões do novo realismo.
Continua a colaboração na Vértice onde inicia as crónicas «A força e a forma».
Participa na VI Exposição Geral de Artes Plásticas e no Salão de Inverno da SNBA.
no ano em que deixa de ser militante do PCP |
Joaquim Namorado |
Continua a colaborar na Vértice. Começa a colaborar no jornal Ler, onde inicia as crónicas «Palavras e Cores».
Mantém uma polémica com Eduardo Lourenço sobre Fernando Pessoa.
Pinta o retrato de Joaquim Namorado.
Começa a trabalhar para A Paleta e o Mundo.
Abandona o PCP depois de ter querido passar de militante a simpatizante. Será «expulso» em Novembro.
Começa uma polémica no interior da revista Vértice, entre a redacção e os «Amigos da Vértice».
A Eduarda com 6 anos |
Mulher à mesa |
Ribeira do tejo |
Continua a colaborar em numerosas publicações periódicas.
Expõe 5 trabalhos ma VII Exposição Geral de Artes Plásticas, a última em que participa. Entre eles a tapeçaria «Ribeira do Tejo», que foi executada por Maria José Taxinha durante dois anos.
Faz 8 palestras sobre Realismo e Pintura Moderna na Faculdade de Ciências, a convite da Associação de Estudantes.
Publica o texto da conferência realizada na SNBA, O Drama de Vicente Van Gogh, editado pela Vértice.
Traduz A Arte de Pintar de Klingsor, para a colecção Saber das Publicações Europa América.
Participa, contra António Vale, numa grande polémica sobre neo-realismo, na revista Vértice, que coloca de um lado elementos do PCP (como António José Saraiva e António Vale, pseudónimo de Álvaro Cunhal) e do outro os que consideravam que a militância dos artistas se fazia sobretudo no campo cultural e que se tinham afastado do PCP (como Fernando Lopes-Graça, Carlos de Oliveira, João José Cochofel e Mário Dionísio).
Envia uma carta à Comissão Organizadora da VIII Exposição Geral de Artes Plásticas em que explica a sua recusa em participar, uma vez que havia pintores que tinham aceitado expor na II Bienal de S. Paulo através do SNI, o que violava os princípios assumidos por eles para participação nas Exposições Gerais.
Inicia na Vértice as crónicas «Comentários».
Participa na Exposição de Pintura Moderna na Faculdade de Ciências de Lisboa.
Pede a demissão de sócio da SNBA, sem reingressar nela, apesar de pedidos da direcção.
Faz no Colégio Moderno, onde continua a ser professor, uma conferência intitulada «Enfado ou prazer – problema central do ensino».
Termina a publicação do 1º Volume de A Paleta e o Mundo, obra em fascículos, com orientação gráfica de Maria Keil. Este primeiro volume será mal recebido por Mário Sacramento e Óscar Lopes.
A mulher, Maria Letícia, é reintegrada no ensino oficial, sem explicações, depois de se ter apresentado ao concurso anual, quando o Ministro da Educação mudou.
Quando os estágios do ensino liceal regressam a Lisboa, inscreve-se no 2º ano de estágio no Liceu Normal de Pedro Nunes.
Faz na SNBA, em Lisboa, no âmbito da I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, acabada de criar, a conferência Conflito e Unidade da Arte Contemporânea, que repetirá em Coimbra e em Castelo Branco.
Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.
Liceu Camões, aula deFrancês ao 2º C (actual 6º ano) |
O texto da conferência Conflito e Unidade da Arte Contemporânea é editado pelas Iniciativas Editoriais.
Colabora na redacção da Gazeta Musical e de todas as Artes, em que a Gazeta Musical se transformou, paginando-a também, com Fernando Piteira Santos, ao serão, em sua casa.
Faz o Exame de Estado para o Ensino Oficial e passa a ser professor efectivo do Liceu Camões, onde ensinará durante 20 anos.
Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.
Continua a fazer crítica literária e de artes plásticas na Gazeta Musical e de todas as Artes.
Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.
É pela primeira vez membro do júri do Prémio Camilo Castelo Branco da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.
Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.
É membro da Comissão Organizadora do I Colóquio de Línguas Vivas, realizado no Liceu Pedro Nunes.
É membro do júri da II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian.
Fotografia da tertúlia do Bocage publicadano Diário de Lisboa. |
Conclui a publicação de A Paleta e o Mundo, cujo 2º volume tem muito maior dimensão do que o primeiro.
Publica na revista Colóquio da Fundação Calouste Gulbenkian um artigo sobre o início da arte abstracta, antes de Kandinsky.
Começa a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.
Frequenta a tertúlia do café Bocage (na Av. da República, em Lisboa) que se prolongará por vários anos, onde se reúnem diariamente José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, João José Cochofel, Augusto Abelaira e outros.
A visita inesperada |
Faz o seu primeiro quadro abstracto que intitula «Visita Inesperada» e que oferecerá a Rui Mário Gonçalves.
Publica Introdução à Pintura (1ª parte de A Paleta e o Mundo) na colecção Saber das Publicações Europa América.
Prefacia o álbum Portinari (Artis), Poemas Completos de Manuel da Fonseca e o catálogo de uma exposição de José Júlio.
Publica na revista O Tempo e o Modo um texto sobre a utilidade da arte, que escreve no Hospital Santa Maria, na véspera de uma operação.
Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.
É membro da secção luso-espanhola do júri do Prémio Internacional de Literatura, que se reuniu em Corfu, tendo aí apresentado o livro de João Guimarães Rosa, Grande Sertão-Veredas.
É membro do júri para o melhor trabalho publicado sobre Arte em Portugal (Fundação Calouste Gulbenkian).
Tem uma violenta polémica com David-Mourão Ferreira a propósito das «Tardes poéticas» do Teatro Nacional.
É atribuído o Grande Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa de Escritores a A Paleta e o Mundo.
Sessão de entrega do Grande Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesade Escritores a Mário Dionísio,no uso da palavra. |
Intervém no jantar de homenagem em que lhe foi entregue o Grande Prémio de Ensaio. Vergílio Ferreira, membro do júri, também.
Prefacia a 3ª edição de Casa na Duna de Carlos de Oliveira.
Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.
É membro da secção luso-espanhola do Prémio Internacional, que reúne em Salzburgo.
Vai a Londres, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, com um grupo de artistas e críticos visitar a exposição «Uma década de Pintura e Escultura» na Tate Gallery.
É membro da comissão organizadora dos pontos de exame a nível nacional para o ensino liceal.
Publica o livro de poemas Memória dum Pintor Desconhecido.
Começa a publicação das Obras de Mário Dionísio nas Publicações Europa-América. O 1º volume é Poesia Incompleta, onde reúne os livros de poemas já publicados com um «anti-prefácio».
No Diário Lisboa, onde continua a colaborar, inicia a série de crónicas a que chama «Anotações».
Vai a Paris visitar a exposição «Homenagem a Picasso» sobre a qual escreve três artigos.
durante as férias em Cascais |
Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.
Publica o 2º volume de Obras de Mário Dionísio, O Dia Cinzento e Outros Contos, contos da 1ª edição reescritos e mais alguns contos, com desenho de Júlio Pomar, e o 3º volume, Le Feu qui dort, poemas escritos em francês, edição conjunta das Publicações Europa-América com as Éditions de la Baconnière (Neuchâtel), com guache inédito de Vieira da Silva.
Participa nos Encontros Internacionais de Genebra, sobre A Arte na Sociedade Hoje.
Abandona o Diário de Lisboa e passa a colaborar regularmente (secção «Testemunhos») em A Capital, criada por Mário Neves, Norberto Lopes, Álvaro Salema e outros que saem do Diário de Lisboa.
Responde ao inquérito Situação da Arte, volume organizado por Almeida Faria, Eduarda Dionísio e Luís Salgado de Matos.
no Café Bocage (Lisboa) |
Publica o seu único romance, Não há morte nem princípio, 4º volume de Obras de Mário Dionísio.
Participa nos Encontros Internacionais de Genebra sobre A Liberdade e a Ordem Social.
É metodólogo de Francês no Liceu Camões, na altura em que abrem mais estágios em Lisboa, cargo que continuará a ter por vários anos.
Prefacia a 3ª edição de Barranco de Cegos de Alves Redol.
Aniversário |
Continua a pintar. Participa na Exposição Colectiva da Galeria Diedro, em Leiria.
Sai a tradução castelhana de Introdução à Pintura, Introducción a la pintura (Allianza Editorial, Madrid).
Do outro lado do talude |
Continua a pintar.
Começa a publicar a edição de A Paleta e o Mundo, em 5 volumes, nas Obras de Mário Dionísio.
Acaba a ditadura em Portugal
É presidente da Comissão de Estudo da Reforma Educativa até 1975 e Presidente da Comissão Coordenadora dos Textos de Apoio até 1976.
A convite de Vitorino Magalhães Godinho, Ministro da Educação, aceita ser membro da Comissão de Saneamento do Ministério da Educação e demite-se em Janeiro de 1975.
Colabora em várias publicações periódicas.
Mastros e velas |
Continua a pintar.
Recusa o cargo de ministro da Educação por duas vezes, em Março e em Setembro.
É director de programas da RTP em Dezembro.
Colabora em várias publicações periódicas.
Monólogo a muitas vozes |
Passeio na neve |
Continua a pintar.
Demite-se de director de programas da RTP, sendo substituído por Carlos Cruz.
É membro da delegação portuguesa à Semana de Cultura Portuguesa em Baku.
Colabora em várias publicações periódicas.
Colabora em várias publicações periódicas.
É destacado para a Faculdade de Letras de Lisboa onde começa a reger a cadeira recém-criada «Técnicas de Expressão do Português», o que fará até à aposentação.
Prefacia a 6ª edição de O Mundo dos Outros de José Gomes Ferreira e o catálogo da exposição «Aguarelas» de Júlio Resende.
Sai O Dia Cinzento e Outros Contos em edição de bolso.
Participa na Conferência de Intelectuais pela Paz em Wroklaw.
Colabora em várias publicações periódicas.
Participa na homenagem a Soeiro Pereira Gomes na SNBA.
Colabora em várias publicações periódicas.
Prefacia O Anjo Ancorado de José Cardoso Pires.
Colabora em várias publicações periódicas.
Morre o seu grande amigo Carlos de Oliveira, a quem dedica um poema.
É professor associado convidado da Faculdade de Letras de Lisboa onde continua a reger, com este estatuto, a mesma cadeira.
O volume Poesia Incompleta é reeditado, acrescido de poemas «Dispersos no tempo». Publica o livro de poemas Terceira Idade, 10º e último volume de Obras de Mário Dionísio.
É-lhe atribuído o Prémio do Centro Português da Associação Internacional de críticos, ex-aequo com Alexandre O’Neill.
Camponês Armado |
a intervir no II Congresso de Escritores Portugueses |
Faz uma intervenção no II Congresso dos Escritores Portugueses intitulada «A Criação e o(s) Poder(es)».
Participa na exposição «Escritores Pintores» que se realizou na Fundação Gulbenkian, por ocasião do II Congresso de Escritores.
Participa no lançamento da 2ª edição de Glória, uma aldeia do Ribatejo de Alves Redol, que tem lugar em Glória do Ribatejo.
Nasce a sua única neta, Diana.
Colabora em várias publicações periódicas.
Participa na exposição «O neo-realismo e as suas margens» na Figueira da Foz.
Colabora em várias publicações periódicas.
com Maria de Lourdes Belchior no final da sua última lição na Faculdade de Letras de Lisboa |
Publica «Os Avessos do Mito», prefácio a Fernando Pessoa, Mensagem / Júlio Pomar, 7 histórias Portuguesas.
Abandona as Publicações Europa-América e publica o livro de contos Monólogo a Duas Vozes na Dom Quixote. A capa tem a reprodução de um quadro seu.
Dá a última aula na Faculdade de Letras de Lisboa - «Língua, linguística e técnicas de expressão».
Aposenta-se da função pública.
Decorativamente |
---|
Publica no JL «Memória do Joaquim», na morte do seu grande amigo Joaquim Namorado.
Publica Autobiografia, livro editado por O Jornal.
Continua a pintar.
no atelier da sua casa em S. Pedro do Estoril fotografado por Costa Martins |
fotografado por João Abel Manta |
Publica o seu último livro, um livro de contos, A morte é para os outros.
Prefacia o catálogo de uma exposição de Sá Nogueira.
Continua a pintar, dedicando a esta sua actividade cada vez mais tempo.
Pinta os retratos de Carlos de Oliveira e João José Cochofel.
No âmbito do Projecto Portinari faz em Paris uma conferência sobre o pintor, «Mes souvenirs d’un grand peintre», que repete em Lisboa.
A Garra |
Entre o peixe e o touro |
Saudades do Carlos de Oliveira |
Evocação dum poeta (João José Cochofel) |
Pinta o retrato de José Gomes Ferreira.
Faz a 1ª exposição individual na Galeria Nasoni, em Lisboa, retrospectiva – de 1947 até à actualidade. O catálogo tem textos de Rocha de Sousa e Rui Mário Gonçalves.
Obtém o troféu «Pintor do Ano» da Antena 1.
Subindo para a vilae seu castelo |
“Poeta: incendeia a espada!” (José Gomes Ferreira) |
Dia Cinzento |
Exposição Galeria Nasoni |
Exposição Galeria Nasoni |
(ler texto Mário Dionísio) |
Faz a 2ª exposição individual, na Galeria Nasoni, no Porto.
Participa na exposição colectiva de homenagem a Luís Dourdil.
Prefacia o álbum Pomar (Publicações Europa América)
Libertação |
Perto de Kolnitz |
Recordando a praia |
Participa na exposição «Arte com Timor», no Palácio das Galveias, em Lisboa.
O Museu do Neo-Realismo organiza em Vila Franca de Xira, no Celeiro da Patriarcal, e em Lisboa, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, os 50 Anos de Vida Literária e Artística de Mário Dionísio (exposições de pintura e bibliográfica, colóquios, leitura de poemas e leitura encenada de textos).
com João Abel Mantae Rui Mário Gonçalves. |
Exposição naGaleria Triângulo 48 |
Sem título nº 5 |
Faz uma exposição individual de pintura na Galeria Triângulo 48. O catálogo tem texto de Rogério Ribeiro.
Participa na exposição colectiva «Conflito e Unidade da Arte Contemporânea», organizada por Rogério Ribeiro na Galeria Municipal de Almada. O catálogo reedita a conferência de Mário Dionísio de 1957, que também foi publicado em separata.
Sem título nº 12 |
Faz a sua última exposição individual de pintura, na Galeria Municipal da Amadora.
Recordações cruzadas |
Morre, aos 77 anos, de doença cardíaca, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Não quis velório nem flores, nem a presença da mulher e da filha no funeral. O corpo seria cremado no cemitério do Alto de São João no dia seguinte.
André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2022