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Áreas Principais

 

 

Mário Dionísio - A VIDA

 

1916. JUL. 16

Nasce em Lisboa, na Rua Andrade, n.º 2 (Anjos). Filho único de Eurico Monteiro, comerciante e oficial miliciano e de Julieta Goulart Parreira Monteiro, doméstica, com o curso superior de piano.

 

1917

1917 – Mário Dionísio com 1 ano 1917 – Mário Dionísio e o pai
com um ano
com o pai

1917 – Pai (em pé à esquerda) militar em França

 

O pai é mobilizado para França durante a Primeira Guerra Mundial.

 

 

 

 

1922

1921 – Mário Dionísio com 5 anos

 

Faz os três primeiros anos da instrução primária em casa, com uma professora.

 

 

 

com 5 anos

 

 

1925

1925 -  Mário Dionísio com 9 anos

 

Frequenta a 4.ª classe num colégio particular, na Cova da Moura, em Lisboa.

 

 

 
 
com 9 anos

 

1926. MAI. 28

Golpe militar que instaura a ditadura em Portugal durante 48 anos.

 

1926

Álbum de desenhos legendados feito por Mário Dionísio em criança

 

Faz o exame da 4ª classe na escola da Rua de S. José e entra para o Liceu Camões, que frequenta três anos, onde um só professor – de português – , Arnaldo Mendes, o marcará.

 

Álbum de desenhos legendados feito por Mário Dionísio em criança

 

1927

Morre o pai, aos 34 anos, em Tete (Moçambique) com febre tifóide, o que o lhe dará isenção de propinas durante toda a vida escolar, enquanto órfão de combatente. A mãe, regressada de África, começa a dar lições de piano. Passa a viver com a mãe e os avós paternos na Avenida Almirante Reis, n.º28, r/c Esqº. O avô é comerciante e almeidista. Há reuniões conspirativas contra a ditadura na sua loja.


1929 – Mário Dionísio com 13 anos1929

A alteração das zonas escolares obriga-o a mudar para o Liceu Gil Vicente (na Graça) no 4º ano (actual 8.º ano), onde é companheiro de Jorge Domingues, seu grande amigo, e onde é aluno de Francês de Câmara Reys, fundador da Seara Nova – um dos dois únicos professores de que guardou boas memórias. (ler "Experiências e excepções")

com 13 anos

1931

Faz a sua primeira greve, no Liceu Gil Vicente, de solidariedade com a Revolta da Madeira.

Completa o 5º ano do Liceu (actual 9º ano).

Morre o avô materno com quem vivia.

 

1932

No Liceu Gil Vicente, planeia com Jorge Domingues o jornal Prisma, que só sairá quando ele já não frequentar o Liceu.

1932 – Mário Dionísio com colegas no Liceu Gil Vicente (3º a contar da esquerda) 1932 - Mário Dionísio na Ericeira Jornal Prisma
com colegas no Liceu Gil Vicente
na Ericeira
 

 

1933

1933 – Mário Dionísio com colegas e professores no Liceu de Évora. Mário Dionísio é o 2º a contar da direita, em pé. O tio, Pedro Bragança Gil, em pé, à direita.
com colegas e professores
no Liceu de Évora. Mário Dionísio é o
2º a contar da direita, em pé.
O tio, Pedro Bragança Gil, em pé, à direita.

Morre a mãe, aos 38 anos, com uma pleurisia mal diagnosticada.

Sai do Liceu Gil Vicente. Vai viver para Évora, em casa dos tios (o tio, Pedro Bragança Gil, é professor de Português e Francês no Liceu), e aí completa o 7º ano de Letras (actual 11ºano).

Colabora no Corvo, jornal do Liceu Garcia de Resende.

Vem viver sozinho para Lisboa, de um pequeno rendimento, de explicações particulares e de aulas em colégios que vai dando. Come em casa de Jorge Domingues, à família do qual paga (pouco) pela alimentação.

Inscreve-se na Faculdade de Letras (Filologia Românica), apesar de a família lhe ter destinado Direito. É aí que conhece Alberto Araújo, Fernando Piteira Santos, Álvaro Salema, Magalhães Vilhena, Vitorino Magalhães Godinho e muitos outros, além da mulher com que virá a casar, Maria Letícia Clemente da Silva. Começará a partir daqui a sua actividade política.

 

1934

1934 – Mário Dionísio com 18 anos, no 1º ano da Faculdade

1934 – Mário Dionísio com dois amigos, em Lisboa. Mário Dionísio à esquerda

 

Tem contactos com a revista Momento. Dirige e pagina o semanário Gleba.

Publica dois livros que mais tarde retirará da sua bibliografia: Via Luminosa (poesia) e Oiro, caricatura de uma civilização (prosa).

1934 - Mário Dionísio com 18 anos, no 1º ana da Faculdade
1934 - Mário dionísio com dois amigos, em Lisboa.
Mário Dionísio è esquerda

 

1935. FEV. 17

1935 – Mário Dionísio com colegas na antiga Faculdade de Letras (Convento de Jesus). Mário Dionísio 2º a contar da direita. ML na segunda fila, 2ª a contar da esquerda.

Semanário Liberdade

 

Entra para a redacção do semanário Liberdade, no mesmo número que Álvaro Cunhal.

 
 

 

com colegas na antiga Faculdade de Letras (Convento de Jesus). Mário Dionísio 2º a contar da direita. ML na segunda fila, 2ª a contar da esquerda.

 

1936. JUL. 17

Começa a Guerra Civil de Espanha

1936 – Mário Dionísio com 20 anos

 

1936

Escreve os primeiros poemas que publicará em Poemas, cujo título começou por ser Pregão.

Em casa, organiza e guarda material de A Barricada, órgão do Socorro Vermelho Internacional.

 

 
com 20 anos

 

1937

Tenta organizar com Jorge Domingues o I Certame de Arte Moderna, que não se realizará por falta de sala.

Começa a colaborar no Sol Nascente e no Diabo.

Sol Nascente

O Diabo

 

 

 

 

1938

Resolve fazer a sua dissertação de licenciatura sobre a «Ode Marítima» de Fernando Pessoa, autor até então ignorado na Faculdade de Letras de Lisboa e pela primeira vez declamado por Manuela Porto, sua amiga. Fica reprovado no exame de licenciatura.

Colabora na Presença e na Revista de Portugal. Publica no Sol Nascente «Apontamento sobre a necessidade de ver claro», faz crítica literária em O Diabo, para a direcção do qual entra.

Acaba o livro Poemas.

 

1939. ABR. 1

Acaba a Guerra Civil de Espanha, com a vitória do ditador Franco.

 

1939. SET. 1

Começa a 2ª Guerra Mundial.

 

1939

Seara NovaContinua a colaborar em O Diabo, onde publica «S.O.S., geração em perigo», começa a escrever em Altitude e na Seara Nova, a convite de António Sérgio. Nestas várias publicações faz artigos sobre autores contemporâneos portugueses e estrangeiros, muitos deles pouco conhecidos (Aquilino Ribeiro, Irene Lisboa, Fernando Namora, Romain Rolland, Jean Cocteau, Maiakovski, Castro Soromenho, etc.).

Faz a licenciatura em Filologia Românica, apresentando uma dissertação sobre Erico Veríssimo.

É admitido no estágio do ensino liceal no Liceu Normal de Pedro Nunes, o único que formava professores de liceu em Lisboa.

 

1940

Faz o primeiro ano de estágio no Liceu Pedro Nunes, dando simultaneamente aulas no curso nocturno do Ensino Técnico.

 

1940. JUN. 22

Desenho de Mário Dionísio representando o casal Mário Dionísio e Maria Letícia

 

Casa-se com Maria Letícia Clemente da Silva, sua colega de Faculdade, licenciada em Filologia Clássica e professora de Liceu desde o ano anterior, em Santarém. Alugam um apartamento num prédio das Avenidas Novas, em Lisboa, onde viverão toda a vida. Ver vídeo «Memória da Casa», de Regina Guimarães.

 

Desenho de Mário Dionísio representando o casal Mário Dionísio e Maria Letícia

 

 

1940 – Mário Dionísio com Maria Letícia no Sanatório do Caramulo

1940 . JUL.

18 dias depois do casamento sabe que está turberculoso. É obrigado a interromper o estágio para professor liceal. Passa 8 meses no Grande Hotel Sanatório do Caramulo.

 

 

com Maria Letícia no Sanatório do Caramulo

 

1941

No Caramulo, escreve uma peça em 13 cenas que foi representada pelos doentes no Carnaval.

Abandona o sanatório do Caramulo por falta de recursos financeiros. Vem doente para Lisboa, impossibilitado de trabalhar pela doença que durará 3 anos. Continua o tratamento em casa. É a mulher, então professora no Liceu Pedro Nunes, quem sustenta a casa.

Retrato de Maria Letícia

Lê e escreve, é visitado por muitos amigos, entre os quais Álvaro Cunhal,Huertas Lobo, Livro Poemas - Coimbra, 1941, Col. Novo Cancioneiro nº 2, capa c./ desenho de Manuel Ribeiro (de Pavia)António Augusto de Oliveira.

Começa a pintar.

Publica Poemas, 2º volume da colecção Novo Cancioneiro, editada em Coimbra, por Joaquim Namorado e outros. A gravura da capa é de Manuel Ribeiro de Pavia. A edição esgotou-se antes de chegar às lidvrarias. Houve quem o passasse à máquina.

 

1942

Inicia a rubrica «Fichas» na Seara Nova, onde escreve sobre Soeiro Pereira Gomes, Jorge Amado, José Gomes Ferreira, Alves Redol, Manuel da Fonseca, arte francesa contemporânea, pintura.

A convite de Bento de Jesus Caraça faz uma conferência na Universidade Popular com o título de «Significado e destino da pintura moderna portuguesa», que repetirá no ano seguinte, no Ateneu Comercial do Porto.

 

1943

Impossibilitado de continuar o estágio de professor liceal, que entretanto tinha sido fechado em Lisboa, dá aulas no ensino particular, no colégio Bairro Escolar, no Estoril, para onde se desloca diariamente de comboio.

Participa na organização das Conferências do Grémio Alentejano (ex-Casa do Alentejo), cujo planeamento se fez em sua casa. Da série prevista só se realizou a primeira, de Bento de Jesus Caraça. A segunda (de Fernando Lopes Graça) foi interrompida pela polícia.

Continua a publicação das «Fichas» na Seara Nova, até à 13A, contra João Pedro de Andrade. A publicação da «Ficha 14» é recusada pela redacção.

 

1944

Capa Ficha 14

 

Publica Ficha 14 em edição de autor, mas de facto editada por Hélder Pires, membro do grupo Liberdade. A edição, cuja vinheta da capa é de Avelino Cunhal, inclui três cartas de protesto contra a redacção da Seara Nova por ter não querido publicar o texto. Entre as assinaturas: Fernando Lopes Graça, João José Cochofel, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, Aniceto Monteiro, Zaluar Nunes, Soeiro Pereira Gomes, Alves Redol, Manuel Mendes.

Retrato de Mário Dionísio por Teresa Arriaga, 1944
Retrato de Mário Dionísio por Teresa Arriaga, 1944.
 
Capa livro O Dia Cinzento
 

Publica o livro de contos O Dia Cinzento, na colecção Novos Prosadores da Coimbra Editora. É ele que faz a capa, que assina com o pseudónimo Leandro Gil. O livro é mal recebido pela crítica.

Passa a dar aulas no Colégio Moderno, em Lisboa, de que é
proprietário e director João Soares, pai de Mário Soares.

 

 

1945. SET. 2

Acaba a 2ª Guerra Mundial, com a vitória dos Aliados.

 

1945

Colabora nas revistas Vértice, Seara Nova, no Jornal do Comércio, no jornal República e outras publicações periódicas.

Publica o livro de poemas As Solicitações e Emboscadas, com capa de Tereza Arriaga.

Então já militante do PCP, faz a ligação entre o partido e a Comissão de Escritores, Jornalistas do MUD.

1945 – Mário Dionísio com Maria Letícia em Paços de Carvalhais durante as férias 1945 – Mário Dionísio a escrever à máquina 1945 – Reunião do MUD. Mário Dionísio na 1ª fila, 2º a contar da direita. Capa Revista Vértice Capa livro - As Solicitações e Emboscadas
com Maria Letícia em Paços de Carvalhais durante as férias
a escrever à máquina
Reunião do MUD. Mário Dionísio
na 1ª fila, 2º a contar da direita.
 
 

 

1946

É membro da Comissão Organizadora da I Exposição Geral de Artes Plásticas que reuniu todos os artistas que nunca tinham exposto no SNI ou que se comprometessem a não mais o fazer. A I EGAP realiza-se em Lisboa, na SNBA, de que é sócio e onde trabalhará vários anos. O prefácio anónimo do catálogo dessa exposição é da sua autoria.

Mundo LiterárioO GloboVai a Paris onde conhece Portinari, que entrevista. Publica as entrevistas ao pintor, em O Globo e na Vértice e um artigo sobre ele no Diário de Lisboa. Publica textos sobre arte francesa contemporânea no Mundo Literário e na Vértice.

Escreve letras para duas canções de Fernando Lopes Graça, uma delas infantil, publicadas em Marchas, Danças e Canções, volume que seria apreendido pela polícia. As canções foram proibidas.

 

Ouvir aqui as duas canções, com letra de Mário Dionísio, interpretadas pelo Coro da Achada.

Canto de Esperança

Gafanhoto caracol

 

1946. JUN. 6

Nasce a única filha que teve, Eduarda.

 

1947

1946 – Mário Dionísio ao lado do quadro que havia de ser apreendido pela PIDE na II Exposição de Artes Plásticas (1947)
ao lado do quadro que havia de ser apreendido pela PIDE na II Exposição de Artes Plásticas (1947).

Capa livro: Van Gogh - 1947Publica o álbum Van Gogh, pintor que considerou seu «mestre».

Participa na II Exposição Geral de Artes Plásticas com o pseudónimo José Alfredo Chaves. Um quadro seu é uma dos apreendidos pelo Ministro do Interior que se desloca à Exposição com uma brigada da PIDE. (ler Carta ao Ministro do Interior)

Pinta «Interior» que depois do 25 de Abril readquire o seu verdadeiro título: «Reunião Clandestina».

«Pintura», óleo s/ tela, 130 x 97, 1947. Assinado com o pseudónimo José Chaves, exposto na II EGAP (1947) onde foi apreendido pela PIDE, no Museu da República e Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996), na Abril em Maio (2001).  
Pintura
Reunião Clandestina

Faz crítica literária na Vértice.

É secretário-adjunto do Pen Club Português.

A mulher, Maria Letícia, então professora no Liceu Camões, é demitida por razões políticas (nunca explicitadas) do ensino oficial e é-lhe recusado o diploma do ensino particular. Passa a dar explicações até ser reintegrada no ensino, oito anos mais tarde.

 

 

1948

Participa na III Exposição Geral de Artes Plásticas com 3 óleos e no Salão de Inverno da SNBA.

Colabora em Itinerário, jornal de Lourenço Marques.

Faz o prefácio de XIV Desenhos Pomar

Capa do Livro: Pomar XVI Desenhos 1948 – Mário Dionísio enquanto pintava um quadro que viria a destruir. Ao fundo retrato a carvão de Mário Dionísio por Tereza Arriaga (1944) «Vendedor Ambulante», óleo; 34 x 42, 1947, colecção particular. Exposto na III EGAP (1948). «O Músico», tinta de esmalte s/ tela; 130 x 97, 1948, col. Berardo. Exposto na III EGAP (1948), na Galeria Nasoni (1989). Cabeçalho Itenerário
 
enquanto pintava um quadro que viria a destruir. Ao fundo retrato a carvão de Mário Dionísio por Tereza Arriaga (1944)
Vendedor Ambulante
O Músico
 
 

1949

Retrato de Mário Dionísio por João Abel Manta, 1949 «Maria», desenho a carvão, 36 x 28, 1948. Exposto na IV EGAP (1949), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra(1996). «Vendedor», óleo, 48 x 43, 1949. Col. Manuel Brito. Exposto em «Dos nos 10 aos anos 50», Centro de Arte, Palácio Anjos (Algés, 2007)
Retrato de Mário Dionísio
por João Abel Manta, 1949
Maria
Vendedor

Capa Catálogo 1ª Exposição de Pintura Moderna promovida pela VérticeVai a Paris onde faz entrevistas a pintores de várias nacionalidades, que são publicadas na Vértice.

Participa na 1ª Exposição de Pintura Moderna promovida pela Vértice, em Coimbra; no Salão da Primavera da SNBA, onde obtém uma menção honrosa de pintura; no Salão deInverno da SNBA, onde tem a 3ª medalha de Desenho; na IV Exposição Geral de Artes Plásticas, com 5 trabalhos.

Continua a fazer crítica literária na Vértice.

Publica um estudo sobre Guilherme de Azevedo na obra Perspectivas da Literatura Portuguesa do Século XIX, dirigida por João Gaspar Simões.

Traduz Os Sonhos de Jean Lhermite para a Colecção Saber das Publicações Europa-América.

 

1950

Retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar, 1950 «Oh mulher das mãos gretadas», óleo s/ tela; 94 x 69, 1950, col. particular. Exposto na VI EGAP (1951) com o título «Mulher a lavar a louça»; exposto Galeria Nasoni (1989). «Maternidade Camponesa», óleo s/ platex, 142 x 75, 1950. Exposto na V EGAP (1950), com o título «Maternidade»; na exposição «Neo-realismo» (1983), na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), no CAM da FCG (1991), na exposição «Neo-Realismo / Neo-Realismos» (1996), em «Um tempo, um lugar» em Vila Franca de Xira (2005).
Retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar, 1950
Mulher a lavar louça
Maternidade Camponesa

Capa livro: O Riso Dissonante

 

Publica o livro de poemas O Riso Dissonante.

Traduz A Pérola de John Steinbeck.

Faz no Colégio Moderno, onde ensina, uma conferência intitulada «Convite ao Estudo da Poesia Moderna Portuguesa».

Expõe 4 trabalhos na V Exposição Geral de Artes Plásticas.

Faz o cartão para a única tapeçaria sua que foi executada, «Ribeira do Tejo».

Começa a escrever o diário inédito Passageiro Clandestino.

 

1951

Capa livro: Encontros em Paris (1951)

 

Publica Encontros em Paris, que reúne as entrevistas realizadas em Paris dois anos antes e entretanto publicadas na Vértice, aos pintores Lurçat, Fougeron, Taslitsky, Pignon, Orazi, Chavez-Morado e Scliar, sobre as questões do novo realismo.

Continua a colaboração na Vértice onde inicia as crónicas «A força e a forma».

Participa na VI Exposição Geral de Artes Plásticas e no Salão de Inverno da SNBA.

 

1952

1952 – Mário Dionísio no ano em que deixa de ser militante do PCP «Joaquim Namorado», óleo s/ tela; 75 x 61, 1952, colecção particular. Exposto na VII EGAP (1953), na Figueira da Foz (1983), na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991, 1997).
no ano em que deixa de ser militante do PCP
Joaquim Namorado

Cabeçalho jornal LerContinua a colaborar na Vértice. Começa a colaborar no jornal Ler, onde inicia as crónicas «Palavras e Cores».

Mantém uma polémica com Eduardo Lourenço sobre Fernando Pessoa.

Pinta o retrato de Joaquim Namorado.

Começa a trabalhar para A Paleta e o Mundo.

 

 

1952. MAI

Abandona o PCP depois de ter querido passar de militante a simpatizante. Será «expulso» em Novembro.

 

1952. AGO

Começa uma polémica no interior da revista Vértice, entre a redacção e os «Amigos da Vértice».

 

1953

«A Eduarda com 6 anos», óleo sobre tela, 49 x 39,1952. Exposto na VII EGAP (1953) com o título «Eduarda», na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), no Museu República e Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996), em «Um tempo, um lugar Vila Franca de Xira (2005). «Mulher à mesa», óleo s/ tela; 64 x 49, 1952, col. particular. Exposto no Lobito (3 vezes), na exposição «Conflito e Unidade da Arte Contemporânea» (Almada, 1992), na Abril em Maio (2001), em Vila Franca de Xira («Um tempo, um lugar», 2005). «Ribeira do Tejo», tapeçaria, 138 x 167, 1952, executada por Maria José Taxinha (1950-52). Exposta na VII EGAP (1953), na exposição «Neo-realismo / Neo-realismos» (Porto, Almada, 1996).
A Eduarda com 6 anos
Mulher à mesa
Ribeira do tejo

Continua a colaborar em numerosas publicações periódicas.

Expõe 5 trabalhos ma VII Exposição Geral de Artes Plásticas, a última em que participa. Entre eles a tapeçaria «Ribeira do Tejo», que foi executada por Maria José Taxinha durante dois anos.

Faz 8 palestras sobre Realismo e Pintura Moderna na Faculdade de Ciências, a convite da Associação de Estudantes.

 

1954

Capa livro: O Drama de Vincente Van GoghCapa livro - A Arte de Pintar de Tristan KlingsonPublica o texto da conferência realizada na SNBA, O Drama de Vicente Van Gogh, editado pela Vértice.

Traduz A Arte de Pintar de Klingsor, para a colecção Saber das Publicações Europa América.

Participa, contra António Vale, numa grande polémica sobre neo-realismo, na revista Vértice, que coloca de um lado elementos do PCP (como António José Saraiva e António Vale, pseudónimo de Álvaro Cunhal) e do outro os que consideravam que a militância dos artistas se fazia sobretudo no campo cultural e que se tinham afastado do PCP (como Fernando Lopes-Graça, Carlos de Oliveira, João José Cochofel e Mário Dionísio).

Envia uma carta à Comissão Organizadora da VIII Exposição Geral de Artes Plásticas em que explica a sua recusa em participar, uma vez que havia pintores que tinham aceitado expor na II Bienal de S. Paulo através do SNI, o que violava os princípios assumidos por eles para participação nas Exposições Gerais.

 

1955 – Mário Dionísio fotografado por Fernando Bragança Gil, na altura em que escreve A Paleta e o Mundo1955

Inicia na Vértice as crónicas «Comentários».

Participa na Exposição de Pintura Moderna na Faculdade de Ciências de Lisboa.

Pede a demissão de sócio da SNBA, sem reingressar nela, apesar de pedidos da direcção.

 
 
fotografado por Fernando Bragança Gil, na altura em que escreve A Paleta e o Mundo

 

1956

Capa livro: A Paleta e o MundoFaz no Colégio Moderno, onde continua a ser professor, uma conferência intitulada «Enfado ou prazer – problema central do ensino».

Termina a publicação do 1º Volume de A Paleta e o Mundo, obra em fascículos, com orientação gráfica de Maria Keil. Este primeiro volume será mal recebido por Mário Sacramento e Óscar Lopes.

A mulher, Maria Letícia, é reintegrada no ensino oficial, sem explicações, depois de se ter apresentado ao concurso anual, quando o Ministro da Educação mudou.

 

1957

Quando os estágios do ensino liceal regressam a Lisboa, inscreve-se no 2º ano de estágio no Liceu Normal de Pedro Nunes.

Faz na SNBA, em Lisboa, no âmbito da I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, acabada de criar, a conferência Conflito e Unidade da Arte Contemporânea, que repetirá em Coimbra e em Castelo Branco.

Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.

 

1958

Capa livro: Conflito e Unidade da Arte Contemporânea 1958 – Liceu Camões, aula de Francês ao 2º C (actual 6º ano)
Liceu Camões, aula de
Francês ao 2º C (actual 6º ano)

Cabeçalho: Gazeta Musical e de todas as ArtesO texto da conferência Conflito e Unidade da Arte Contemporânea é editado pelas Iniciativas Editoriais.

Colabora na redacção da Gazeta Musical e de todas as Artes, em que a Gazeta Musical se transformou, paginando-a também, com Fernando Piteira Santos, ao serão, em sua casa.

Faz o Exame de Estado para o Ensino Oficial e passa a ser professor efectivo do Liceu Camões, onde ensinará durante 20 anos.

Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.

 

1959

1962 – Júri do Prémio Camilo Castelo Branco da Sociedade Portuguesa de Escritores. Da esquerda para a direita: Mário Dionísio, David Mourão-Ferreira, Óscar Lopes, Jacinto Prado Coelho, João Gaspar Simões.

 

Continua a fazer crítica literária e de artes plásticas na Gazeta Musical e de todas as Artes.

Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.

É pela primeira vez membro do júri do Prémio Camilo Castelo Branco da Sociedade Portuguesa de Escritores.

 
Júri do Prémio Camilo Castelo Branco da Sociedade Portuguesa de Escritores.

 

1960

Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.

 

1961

Continua a escrever A Paleta e o Mundo, o 2º volume, que, como o primeiro, vai saindo em fascículos.

É membro da Comissão Organizadora do I Colóquio de Línguas Vivas, realizado no Liceu Pedro Nunes.

É membro do júri da II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

1962

1962 – Fotografia da tertúlia do Bocage publicada no Diário de Lisboa. Da esquerda para a direita: João José Cochofel, Aquilino Ribeiro Machado, Carlos de Oliveira, Augusto Abelaira, José Gomes Ferreira, Mário Dionísio, Egídio Namorado.
Fotografia da tertúlia do Bocage publicada
no Diário de Lisboa.
 

Conclui a publicação de A Paleta e o Mundo, cujo 2º volume tem muito maior dimensão do que o primeiro.

Publica na revista Colóquio da Fundação Calouste Gulbenkian um artigo sobre o início da arte abstracta, antes de Kandinsky.

Começa a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.

Frequenta a tertúlia do café Bocage (na Av. da República, em Lisboa) que se prolongará por vários anos, onde se reúnem diariamente José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, João José Cochofel, Augusto Abelaira e outros.

 

1963

«A visita inesperada», óleo s/ tela, 40,5 x 30, 1963, col. particular Exposto na Galeria Nasoni (1989), Vila Fanca de Xira (1991), Galeria Triângulo 48 (1998).
A visita inesperada
 

Faz o seu primeiro quadro abstracto que intitula «Visita Inesperada» e que oferecerá a Rui Mário Gonçalves.

Capa livro: Introdução à PinturaPublica Introdução à Pintura (1ª parte de A Paleta e o Mundo) na colecção Saber das Publicações Europa América.

Prefacia o álbum Portinari (Artis), Poemas Completos de Manuel da Fonseca e o catálogo de uma exposição de José Júlio.

Publica na revista O Tempo e o Modo um texto sobre a utilidade da arte, que escreve no Hospital Santa Maria, na véspera de uma operação.

Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.

Capa livro: PortinariÉ membro da secção luso-espanhola do júri do Prémio Internacional de Literatura, que se reuniu em Corfu, tendo aí apresentado o livro de João Guimarães Rosa, Grande Sertão-Veredas.

É membro do júri para o melhor trabalho publicado sobre Arte em Portugal (Fundação Calouste Gulbenkian).

Tem uma violenta polémica com David-Mourão Ferreira a propósito das «Tardes poéticas» do Teatro Nacional.

É atribuído o Grande Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa de Escritores a A Paleta e o Mundo.

 

1964

1964 – Sessão de entrega do Grande Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa de Escritores a Mário Dionísio, no uso da palavra. À esquerda de Mário Dionísio, Azeredo Perdigão (presidente da FCG), Manuel Ferreira (Direcção da SPE), Maria Letícia Clemente da Silva (mulher de Mário Dionísio), Vergílio Ferreira (elemento do júri).
Sessão de entrega do Grande Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa
de Escritores a Mário Dionísio,
no uso da palavra.

Intervém no jantar de homenagem em que lhe foi entregue o Grande Prémio de Ensaio. Vergílio Ferreira, membro do júri, também.

Prefacia a 3ª edição de Casa na Duna de Carlos de Oliveira.

Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.

É membro da secção luso-espanhola do Prémio Internacional, que reúne em Salzburgo.

Vai a Londres, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, com um grupo de artistas e críticos visitar a exposição «Uma década de Pintura e Escultura» na Tate Gallery.

É membro da comissão organizadora dos pontos de exame a nível nacional para o ensino liceal.

 

1965

Capa livro: Memória de um pintor desconhecido

 

Publica o livro de poemas Memória dum Pintor Desconhecido.

 

 

 

 

 

19661966 – Mário Dionísio no escritório da sua casa, Av. Elias Garcia (Lisboa). Vê-se uma fotografia de Bento de Jesus Caraça.

Começa a publicação das Obras de Mário Dionísio nas Publicações Europa-América. O 1º volume é Poesia Incompleta, onde reúne os livros de poemas já publicados com um «anti-prefácio».

No Diário Lisboa, onde continua a colaborar, inicia a série de crónicas a que chama «Anotações».

Vai a Paris visitar a exposição «Homenagem a Picasso» sobre a qual escreve três artigos.

 

no escritório da sua casa.

 

1967

Capa livro: O dia cinzento e outros contos Capa livro: Le feu qui dort
Mário Dionísio durante as férias em Cascais
durante as férias em Cascais

Continua a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.

Publica o 2º volume de Obras de Mário Dionísio, O Dia Cinzento e Outros Contos, contos da 1ª edição reescritos e mais alguns contos, com desenho de Júlio Pomar, e o 3º volume, Le Feu qui dort, poemas escritos em francês, edição conjunta das Publicações Europa-América com as Éditions de la Baconnière (Neuchâtel), com guache inédito de Vieira da Silva.

Participa nos Encontros Internacionais de Genebra, sobre A Arte na Sociedade Hoje.

 

1968

Capa Situação a Arte

 

Abandona o Diário de Lisboa e passa a colaborar regularmente (secção «Testemunhos») em A Capital, criada por Mário Neves, Norberto Lopes, Álvaro Salema e outros que saem do Diário de Lisboa.

Responde ao inquérito Situação da Arte, volume organizado por Almeida Faria, Eduarda Dionísio e Luís Salgado de Matos.

 

 

1969

Capa livro: Não há morte nem princípio
Mário Dionísio no Café Bocage(Lisboa)
no Café Bocage (Lisboa)

Publica o seu único romance, Não há morte nem princípio, 4º volume de Obras de Mário Dionísio.

Participa nos Encontros Internacionais de Genebra sobre A Liberdade e a Ordem Social.

É metodólogo de Francês no Liceu Camões, na altura em que abrem mais estágios em Lisboa, cargo que continuará a ter por vários anos.

 

 

1970

Prefacia a 3ª edição de Barranco de Cegos de Alves Redol.

 

1972

«Aniversário», óleo s/ tela, 47 x 39, 1972, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Aniversário
Capa livro: Introducción a la pintura
 

Continua a pintar. Participa na Exposição Colectiva da Galeria Diedro, em Leiria.

Sai a tradução castelhana de Introdução à Pintura, Introducción a la pintura (Allianza Editorial, Madrid).

 

 

 

 

1973

Capa livro: a paleta e o mundo 1 Capa livro: a paleta e o mundo 2 Capa livro: a paleta e o mundo 3 Capa livro: a paleta e o mundo 4 Capa livro: a paleta e o mundo 5
«Do outro lado do talude», óleo s/tela, 37 x 46, 1973, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Do outro lado do talude

Continua a pintar.

Começa a publicar a edição de A Paleta e o Mundo, em 5 volumes, nas Obras de Mário Dionísio.

 

 

 

 

1974. ABR. 25

Acaba a ditadura em Portugal

 

1974

É presidente da Comissão de Estudo da Reforma Educativa até 1975 e Presidente da Comissão Coordenadora dos Textos de Apoio até 1976.

A convite de Vitorino Magalhães Godinho, Ministro da Educação, aceita ser membro da Comissão de Saneamento do Ministério da Educação e demite-se em Janeiro de 1975.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1975

«Mastros e velas», óleo s/tela, 46 x 38, 1975, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Mastros e velas
 

Continua a pintar.

Recusa o cargo de ministro da Educação por duas vezes, em Março e em Setembro.

É director de programas da RTP em Dezembro.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

 

 

1976. MAR

«Monólogo a muitas vozes». óleo s/ tela, 45 x 34, 1976. Exposto na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996). Reproduzido na capa de Monólogo a duas vozes (1986) «Passeio na neve», óleo s/ tela, 45 x 34, 1976, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Monólogo a muitas vozes
Passeio na neve

Continua a pintar.

Demite-se de director de programas da RTP, sendo substituído por Carlos Cruz.

 

 

 

 

 

1976

1976 – Mário Dionísio (à direita) na delegação portuguesa à semana de cultura portuguesa em Baku, com Joaquim Namorado (1º à esquerda) e Óscar Lopes (2º à esuerda).

 

É membro da delegação portuguesa à Semana de Cultura Portuguesa em Baku.

Colabora em várias publicações periódicas.

 
 
 
Mário Dionísio (à direita) na delegação portuguesa à semana de cultura portuguesa em Baku.

 

 

1977

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1978

É destacado para a Faculdade de Letras de Lisboa onde começa a reger a cadeira recém-criada «Técnicas de Expressão do Português», o que fará até à aposentação.

Prefacia a 6ª edição de O Mundo dos Outros de José Gomes Ferreira e o catálogo da exposição «Aguarelas» de Júlio Resende.

Sai O Dia Cinzento e Outros Contos em edição de bolso.

Participa na Conferência de Intelectuais pela Paz em Wroklaw.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1979

Participa na homenagem a Soeiro Pereira Gomes na SNBA.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1980

Prefacia O Anjo Ancorado de José Cardoso Pires.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1981

Morre o seu grande amigo Carlos de Oliveira, a quem dedica um poema.

 

1982

Capa livro: Poesia incompleta 2ª Edição Capa livro: Terceira Idade

É professor associado convidado da Faculdade de Letras de Lisboa onde continua a reger, com este estatuto, a mesma cadeira.

O volume Poesia Incompleta é reeditado, acrescido de poemas «Dispersos no tempo». Publica o livro de poemas Terceira Idade, 10º e último volume de Obras de Mário Dionísio.

É-lhe atribuído o Prémio do Centro Português da Associação Internacional de críticos, ex-aequo com Alexandre O’Neill.

«Camponês Armado», óleo s/ tela, 100 x 81, 1979. Exposto na Galeria Nasoni – Lisboa (1989), em Vila Franca Xira (1991), na FCG (1991), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996)
Camponês Armado
1982 – Mário Dionísio a intervir no II Congresso de Escritores Portugueses
a intervir no II Congresso de Escritores Portugueses

Faz uma intervenção no II Congresso dos Escritores Portugueses intitulada «A Criação e o(s) Poder(es)».

Participa na exposição «Escritores Pintores» que se realizou na Fundação Gulbenkian, por ocasião do II Congresso de Escritores.

Participa no lançamento da 2ª edição de Glória, uma aldeia do Ribatejo de Alves Redol, que tem lugar em Glória do Ribatejo.

Nasce a sua única neta, Diana.

 

1983

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1984

Participa na exposição «O neo-realismo e as suas margens» na Figueira da Foz.

Colabora em várias publicações periódicas.

 

1986

1986 – Mário Dionísio com Maria de Lourdes Belchior no final da sua última lição na Faculdade de Letras de Lisboa
com Maria de Lourdes Belchior no final da sua última lição na Faculdade de Letras de Lisboa
Capa livro: mensagem de Fernando Pessoa com desenhos de Júlio Pomar Capa livro: Monólogo a duas vozes

Publica «Os Avessos do Mito», prefácio a Fernando Pessoa, Mensagem / Júlio Pomar, 7 histórias Portuguesas.

Abandona as Publicações Europa-América e publica o livro de contos Monólogo a Duas Vozes na Dom Quixote. A capa tem a reprodução de um quadro seu.

Dá a última aula na Faculdade de Letras de Lisboa - «Língua, linguística e técnicas de expressão».

Aposenta-se da função pública.

 

1987

«Decorativamente», óleo s/ platex, 46,5 x 35,5, 1987, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Decorativamente

Capa livro: AutobiografiaPublica no JL «Memória do Joaquim», na morte do seu grande amigo Joaquim Namorado.

Publica Autobiografia, livro editado por O Jornal.

Continua a pintar.

 

 

 

 

1988

1988 – Mário Dionísio no atelier da sua casa em S. Pedro do Estoril fotografado por Costa Martins 1988 – Mário Dionísio fotografado por João Abel Manta
no atelier da sua casa em S. Pedro do Estoril fotografado por Costa Martins
fotografado por João Abel Manta

Publica o seu último livro, um livro de contos, A morte é para os outros.

Prefacia o catálogo de uma exposição de Sá Nogueira.

Continua a pintar, dedicando a esta sua actividade cada vez mais tempo.

Pinta os retratos de Carlos de Oliveira e João José Cochofel.

No âmbito do Projecto Portinari faz em Paris uma conferência sobre o pintor, «Mes souvenirs d’un grand peintre», que repete em Lisboa.

Capa livro: A Morte é para os Outros Capa livro: Hommage a Cândido Portinari «A GarrGaleria_quadros/22_A_Garra_1988a», pastel-óleo s/ cartolina, 37 x 31, 1988, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989), na FCG (1991). «Entre o peixe e o touro», pastel-óleo s/ cartolina, 37 x 31, 1988, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989). «Saudades do Carlos de Oliveira», acrílico s/ tela, 53 x 45, 1988, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), na exposição Carlos de Oliveira (1992). «Evocação dum poeta (João José Cochofel)», óleo s/ tela, 50 x 45, 1988, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), na FCG (1991).
A Garra
Entre o peixe e o touro
Saudades do Carlos de Oliveira
Evocação dum poeta (João José Cochofel)

 

1989

Pinta o retrato de José Gomes Ferreira.

Faz a 1ª exposição individual na Galeria Nasoni, em Lisboa, retrospectiva – de 1947 até à actualidade. O catálogo tem textos de Rocha de Sousa e Rui Mário Gonçalves.

Obtém o troféu «Pintor do Ano» da Antena 1.

«Subindo para a vila e seu castelo», acrílico s/ tela, 100 x 81, 1988, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni – Lisboa (1989) «“Poeta: incendeia a espada!” (José Gomes Ferreira)», acrílico s/ platex, 59 x 49, 1989, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991). «Dia Cinzento», acrílico s/ tela, 92 x 73, 1989. Exposto na Galeria Nasoli - Porto (1990), em Vila Franca de Xira (1991), na FCG (1991), na Galeria Municipal da Amadora (1993), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996). Foto Foto Galeria Nasoni, Lisboa - 1989. Primeira exposição individual de Mário Dionísio. Vêem-se os retratos de Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, João José Cochofel e José Gomes Ferreira. Foto Galeria Nasoni, Lisboa - 1989. Primeira exposição individual de Mário Dionísio. Vêem-se os retratos de Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, João José Cochofel e José Gomes Ferreira. Capa Catálogo Exposição Galeria Nasoni, Lisboa
Subindo para a vila
e seu castelo
“Poeta: incendeia a espada!” (José Gomes Ferreira)
Dia Cinzento
Exposição Galeria Nasoni
Exposição Galeria Nasoni
(ler texto Mário Dionísio)

 

1990

Faz a 2ª exposição individual, na Galeria Nasoni, no Porto.

Participa na exposição colectiva de homenagem a Luís Dourdil.

Prefacia o álbum Pomar (Publicações Europa América)

Capa Catálogo Exposição Galeria Nasoni, Porto - 1990 «Libertação». acrílico s/ tela, 73 x 60, 1990, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni do Porto (1990), em Vila Franca de Xira (1991), na Galeria Triângulo 48 (1998) «Perto de Kolnitz», acrílico s/ platex, 53 x 82, 1990. Exposto na Galeria Nasoli do Porto (1990), em Vila Franca de Xira («Os escritores também pintam», 1997) «Recordando a praia», acrílico e colagem s/ tela, 81 x 100, 1990. Exposto na Galeria Nasoli – Porto (1990), em Vila Franca de Xira (1991), na FCG (1991), na Galeria Triângulo (1992), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996), em Vila Franca de Xira («Os escritores também pintam», 1997). Capa álbum Pomar (Publicações Europa América)
 
Libertação
Perto de Kolnitz
Recordando a praia
 

 

1991

Catálogo Exposição Vila Franca de Xira - 1991 Catálogo Exposição no Centro de Arte Moderna, FCG - 1991

Participa na exposição «Arte com Timor», no Palácio das Galveias, em Lisboa.

O Museu do Neo-Realismo organiza em Vila Franca de Xira, no Celeiro da Patriarcal, e em Lisboa, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, os 50 Anos de Vida Literária e Artística de Mário Dionísio (exposições de pintura e bibliográfica, colóquios, leitura de poemas e leitura encenada de textos).

Foto Exposição biobibliográfica e de pintura de Mário Dionísio no Celeiro da Patriarcal de Vila Franca de Xira (50 Anos de Vida Literária de Mário Dionísio). Foto da Exposição no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (50 Anos de Vida Literária e Artista de Mário Dionísio), 1991 1991 – Leitura encenada de textos de Mário Dionísio por Luís Miguel Cintra com espaço cénico de Cristina Reis na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. (50 Anos de Vida Literária e Artista de Mário Dionísio). Da esquerda para a direita: Luís Lima Barreto, José Manuel Mendes, Eduarda Dionísio, Luís Lucas, Luís Miguel Cintra, Maria Emília Correia, Clara Joana. 1991 – Colóquio sobre a obra de Mário Dionísio na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. (50 Anos de Vida Literária e Artista de Mário Dionísio). Da esquerda para a direita: Rui Mário Gonçalves, Vítor Viçoso, Fernando J. B. Martinho, Cristina Almeida Ribeiro, António Mota Redol (Museu do Neo-Realismo), José Saportes (CAM). 1991 –Público antes do início da leitura encenada de textos de Mário Dionísio por Luís Miguel Cintra na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. (50 Anos de Vida Literária e Artista de Mário Dionísio). Na 1ª fila, Mário Dionísio com a neta. Entre ouros, vêem-se na 1ª fila Sommer Ribeiro; na segunda, Irisalva Moita, Lurdes e Francisco Castro Rodrigues; na terceira, Ângela de Oliveira.
Exposição biobibliográfica e de pintura de Mário Dionísio em Vila Franca de Xira
Exposição CAM/FCG , 50 Anos de Vida Literária e Artística de Mário Dionísio
Leitura encenada de textos de Mário Dionísio
Colóquio sobre a obra de Mário Dionísio
Público antes do início da leitura encenada de textos de Mário Dionísio.

 

1992

1992 – Exposição de pintura de Mário Dionísio na Galeria Triângulo 48. Da esquerda para a direita: Mário Dionísio, João Abel Manta, Rui Mário Gonçalves. Exposição de pintura de Mário Dionísio na Galeria Triângulo 48 - 1992 «Sem título nº 5», acrílico s/ tela, 54 x 59, 1992, col. particular. Capa Catálogo Exposição Galeria Triângulo - 1992
com João Abel Mantae Rui Mário Gonçalves.
Exposição na
Galeria Triângulo 48
Sem título nº 5
 

Faz uma exposição individual de pintura na Galeria Triângulo 48. O catálogo tem texto de Rogério Ribeiro.

Participa na exposição colectiva «Conflito e Unidade da Arte Contemporânea», organizada por Rogério Ribeiro na Galeria Municipal de Almada. O catálogo reedita a conferência de Mário Dionísio de 1957, que também foi publicado em separata.

 

1993

Capa Catálogo Exposição Individual na Galeria Municipal da Amadora - 1993 «Sem título nº 12», acrílico, 65 x 50, 1993, col. particular.
 
Sem título nº 12
 

Faz a sua última exposição individual de pintura, na Galeria Municipal da Amadora.

 

 

 

 

 

1993. NOV. 17

«Recordações cruzadas», acrílico e colagem s/ tela, 81 x 100, 1990-93. Exposto na Galeria Nasoli – Porto (1990), em Vila Franca de Xira (1991), na FCG (1991), na Galeria Triângulo (1992), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996), em Vila Franca de Xira («Os escritores também pintam», 1997).
Recordações cruzadas

Morre, aos 77 anos, de doença cardíaca, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Não quis velório nem flores, nem a presença da mulher e da filha no funeral. O corpo seria cremado no cemitério do Alto de São João no dia seguinte.

 

 

 

 

 

 

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